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Câmara de Ovar estima prejuízos na ordem dos milhões

A Câmara Municipal de Ovar, cujo município vive em estado de calamidade desde terça-feira, prevê que o prejuízo da quarentena seja afetado em milhões de euros, com as quebras verificadas na industria e no comércio.

A Câmara Municipal de Ovar, cujo município vive em estado de calamidade desde terça-feira, estimou hoje em milhões de euros o prejuízo motivado pela quarentena geográfica na indústria e no comércio locais.

Salvador Malheiro, presidente do executivo ovarense, cujo município contabiliza até ao momento 72 infetados com a COVID-19, num total de 55.400 mil munícipes, anunciou ontem que a quarentena que foi imposta no concelho, tem permitido combater eficazmente os avanços no novo coronavírus, uma vez que houve uma interrupção total das atividades comerciais e industriais ao nível local.

O autarca reiterou que as empresas tiveram “coragem de cumprir as regras e terem encerrado” e que “isto terá custado milhões de euros de prejuízo, mas está a valer a pena”. Numa mensagem de vídeo para a população, Salvador Malheiro comprometeu-se ontem a empenhar-se “no imediato junto do Governo para que exista uma discriminação positiva do apoio financeiro dirigido a pessoas e também a empresas de Ovar”.

O presidente da câmara insistiu que as unidades que tiverem de fechar e que tiveram prejuízos avultados devem ter o mesmo apoio que o Estado prevê para aqueles cidadãos que perderam os seus rendimentos laborais, deixando o aviso: “São as empresas que cumpriram escrupulosamente [as medidas decretadas pelo Governo no contexto da calamidade pública] aquelas que devem ter direito a essas eventuais ajudas financeiras”.

Importa relembrar que Ovar é o primeiro concelho do país a entrar em estado de calamidade públicas e a ter de adotar medidas de restrição semelhantes ao que acontece em Itália, quando surto se espalhou na Lombardia, a norte do país.