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Perdas no turismo podem ter impacto negativo de 5,3% no PIB

As quebras no turismo vão deixar marca na economia e os números falam por si. O impacto negativo do turismo será de 1,4% até ao final do segundo trimestre deste ano e de 4,1% até ao final do terceiro trimestre, segundo os analistas do BIG.

A queda abrupta de receitas no setor do turismo, devido à pandemia da COVID-19,  pode provocar uma redução de 5,3% do PIB até ao final do primeiro trimestre de 2021. Os dados são de uma estimativa do BIG – Banco de Investimento Global.

No “Outlook do segundo trimestre de 2020”, o impacto negativo do turismo será de 1,4% até ao final do segundo trimestre deste ano e de 4,1% até ao final do terceiro trimestre, segundo os analistas João Calado, Francisco Cavaco e Francisco Fonseca.

“Note-se que o setor do turismo vai ser bastante afetado pela quarentena, tanto a nível nacional, mas principalmente a nível internacional. Nós prevemos que este ano toda a atividade turística vai ser afetada até ao final do verão”, alertam. “Mesmo que os países retomem à normalidade, continuarão a existir restrições nos voos internacionais de forma a evitar novos surtos”.

Com base nesta simulação não têm duvidas de que a perda das receitas do turismo “é suficiente para colocar o país em recessão”. “Assumindo tudo o resto constante, o impacto do turismo é suficiente para abrandar de forma significativa a economia portuguesa”, referem, destacando os efeitos positivos do ‘boom’ turístico na economia.

“Não só tem aumentado o número de turistas como a receita média dos mesmos. Em 2013, um turista despendia em média cerca de 565 euros. Em 2018, cada turista despendeu em média 763 euros, num aumento notável da rentabilidade gerada por cada pessoa que visita Portugal. Em 2019 o crescimento do saldo do turismo representou 11% do crescimento económico”, ressalvam.