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Financial Liberty: “Fazemos sempre o possível para que quem nos procura possa atingir a sua liberdade financeira”

Vanessa Oliveira, CEO da Financial Liberty, empresa de crédito especializada em crédito consolidado
A Financial Liberty é uma empresa especializada em crédito consolidado. Uma solução que junta todas as linhas de crédito em apenas uma. A IN esteve à conversa com Vanessa Oliveira, a CEO da empresa, para perceber o que mudou na empresa com a nova realidade causada pela COVID-19.

A pandemia da COVID-19 veio trazer uma instabilidade inesperada à economia portuguesa. Houve um aumento de pedidos de crédito?

Com esta pandemia já passamos por várias situações. Numa fase inicial os pedidos reduziram, pois existia por parte dos clientes algum desconforto e incerteza quanto ao que seriam os tempos futuros. No entanto, e já durante o estado de emergência, fomos alertando e informando que o crédito consolidado poderia colmatar uma situação de endividamento.

A Financial Liberty pretende fazer jus ao nome, e dar precisamente maior liberdade financeira a empresários e a particulares. Na prática como conseguem alcançar essa maior liberdade financeira para os vossos clientes?

O nome da nossa empresa surgiu exatamente daquilo que queremos dar aos clientes: ‘Liberdade Financeira’. Tentamos que os clientes reduzam os encargos mensais que foram adquirindo ao longo do tempo, quer com os cartões de crédito, quer com créditos pessoais, entre outros. Quantos de nós não começamos por ter um ou outro cartão de fidelização com o intuito de obter descontos e que rapidamente se transformou num cartão de crédito? Ou quantos não passaram por situações de alteração de emprego ou até mesmo desemprego? O que pretendemos é que cada cidadão viva sem estar sistematicamente a pensar nas contas que tem de pagar e se isso implica ou não deixar de ter bens essenciais para o agregado familiar. Temos noção que condição financeira é um dos fatores que mais afeta a população.

Apesar das moratórias, nomeadamente no crédito à habitação, como é a realidade?

As moratórias existentes no crédito habitação fizeram realmente com que os clientes obtivessem mais valor disponível mensalmente, no entanto, face a algumas reduções de vencimentos, por lay-off, principalmente, vemos clientes a usar com mais frequência o limite de plafonds dos cartões de crédito, ainda mais neste momento de início do ano escolar. O que nos traz algum receio quanto ao bom pagamento, a seguir ao término das moratórias no crédito habitação. Nesse sentido apelamos que antes de entrarem em incumprimento, ou numa situação mais complexa, que nos procurem para tentarmos ajustar algo que vá de encontro à realidade económica que vão ter aquando o término da moratória.

Na realidade ‘pós-COVID’, o perfil do cliente que vos procura alterou-se?

Relativamente aos clientes que nos procuram, por norma tínhamos uma classe média alta, até porque são os que mais facilmente tinham acesso ao crédito, o que levava a uma grande dispersão de crédito e consequentemente necessidade de o consolidar. Mas nesta altura de pandemia, não obstante, continuamos a ser procurados por este perfil de clientes, temos sido também abordados por clientes com rendimentos mais reduzidos, estamos a falar de clientes com rendimentos na ordem dos 700 euros, ou até menos. Neste último perfil de clientes temos uma maior dificuldade de aprovação, mas de qualquer forma, fazemos sempre o possível para que quem nos procura possa “atingir a sua liberdade financeira”.

Que desafios têm encontrado num regime tão excecional como é o de uma pandemia? Houve alterações legislativas relativamente ao vosso setor?

Esta situação de pandemia coincidiu com uma nova diretiva do Banco de Portugal, onde é aconselhado um tempo máximo de crédito a 84 meses, uma situação não levou à outra, foram coincidentes. As alterações com que mais nos deparamos foram com algumas instituições que se mostraram mais relutantes na aceitação em determinados perfis de cliente. Felizmente algumas estavam com uma preparação diferente e estão mais abertas.

Na entrevista à IN, o final do ano passado, referia que em média 48 a 51 por cento dos pensamentos dos portugueses se devem a questões financeiras. No cenário pandémico em que vivemos, esses números têm crescido?

Ao longo do tempo temos chegado à conclusão de que a percentagem de portugueses cujos pensamentos são a situação financeira, tem tido um aumento substancial. Deparamo-nos com uma situação em que a produtividade a nível de trabalho, de relação familiar e social é significativamente afetada pela falta de liquidez disponível ou por os rendimentos serem, no momento, insuficientes para fazer face às atuais despesas.

Quais as soluções a optar para contornar esse problema?

Antes de mais, reduzir o endividamento e a dispersão de crédito, para quem está numa situação de ter várias linhas de crédito. Sugerimos também a quem precise de um novo financiamento que recorra a aconselhamento financeiro, não existe qualquer custo associado. Depois é a gestão diária em que muitas vezes são feitos pequenos gastos, sem nos apercebermos, mas que ao final do mês representam gastos significativos. Se existir uma gestão com controlo de custos diários será mais fácil não entrar em endividamento. É também importante a constituição de uma poupança, com uma entrega mensal fixa. O ideal é que esta entrega mensal seja realizada logo quando se recebem os rendimentos, pois a maioria dos portugueses tende a fazer entrega mensal no final do mês, isto os que fazem.

No final do ano passado a equipa da Financial Liberty era composta por seis elementos, mas pretendiam aumentar esse número. Conseguiram alcançar esse objetivo?

Sim, apesar das contrariedades que a pandemia nos trouxe, conseguimos um aumento de colaboradores e consequentemente mudar para novas instalações. Os novos membros da equipa mantêm o mesmo espírito de entreajuda e de ter sempre em mente que quem está do outro lado são pessoas, exatamente como cada um de nós. São pessoas com expectativas, com necessidade de gestão, muitas vezes com famílias que dependem do titular que nos procura. Apesar de continuarmos a ponderar o aumento da equipa, neste momento em termos humanos e profissionais, a Financial Liberty é constituída por colaboradores de grandes valores e que, acima de tudo, sabem que o que está em primeiro lugar é ajudar cada cliente a ATINGIR A SUA LIBERDADE FINANCEIRA e, com isso, muitas vezes alguma paz para melhorar as suas relações profissionais, familiares e socias. Contem sempre connosco.