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Apoios públicos para combate à pandemia nas instituições sociais estão atrasados

Os apoios públicos à compra de material de proteção para lares residenciais do setor social ainda não foram pagos na íntegra, adiantou hoje o presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), o padre Lino Maia.

“Em relação aos acordos de cooperação não tem havido atrasos, tem havido atrasos é nestas medidas extraordinárias. Aí é que o processo muitas vezes é moroso. As instituições que se candidataram em agosto e que foram contempladas só parte é que já recebeu o apoio”, disse à Lusa o presidente da CNIS, que hoje reuniu o seu conselho geral “fundamentalmente para partilhar as medidas que estão a ser adotadas pelo Governo de apoio ao setor nesta emergência”.

Segundo Lino Maia, algumas instituições ainda não estão a receber “na íntegra” os apoios que podem chegar aos oito mil euros, uma vez que as candidaturas às verbas do programa Adaptar Social+ correspondem a 10 mil euros em materiais de proteção para a pandemia, a que corresponde uma comparticipação pública de 80%.

“Fundamentalmente neste momento o que devo dizer é que há custos muito elevados, particularmente intensos com a resposta à pandemia, nas instituições que têm residentes. Nas estruturas residenciais para idosos e nas unidades de cuidados integrados há custos muito elevados com a aquisição de material de proteção”, disse Lino Maia.

O programa Adaptar Social+ mantém-se, mas “em moldes diferentes”, explicou o presidente da CNIS, acrescentando que está ainda por esclarecer a forma como as instituições vão poder continuar a candidatar-se a apoios públicos.

“Ainda não estão totalmente definidas as formas. Em princípio as instituições que se candidataram no último ano vão ser contempladas, mas, entretanto, ainda não se sabe muito bem se é por manifestação de interesse ou se é por iniciativa do próprio Estado ou da Segurança Social que vão financiar diretamente as instituições”, disse.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 643.113 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

/Lusa