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Governo autoriza contratação de 1424 profissionais de saúde

Os contratos são sem termo, com entrada direta nos quadros do Serviço Nacional de Saúde. Os hospitais vão poder contratar 553 enfermeiros, 710 assistentes técnicos e 162 assistentes operacionais.

Num despacho assinado na passada quinta-feira, em conjunto do Ministério da Saúde, o Governo português autorizou a contratação de mais de 1400 profissionais na área da saúde, de forma a reduzir o número de horas extras dos funcionários dos hospitais. Em declarações à agência Lusa, Francisco Ramos, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, explica que “fica definitivamente reposta a capacidade que tinha sido afetada com a passagem para as 35 horas”. Uma medida aplaudida por Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, “uma vez que os hospitais, desde a alteração da passagem das 40 para as 35 horas semanais, têm vivido muito à custa das horas extraordinárias e da prestação de serviços”.

553 enfermeiros, 710 assistentes técnicos e 162 assistentes operacionais, são as vagas disponíveis e os hospitais podem começar o recrutamento assim que receberem o despacho da Administração Central do Sistema Nacional de Saúde. Os médicos não poderão entrar neste sistema de contratação, uma vez que estão sujeitos a um regime de contratação especifico. Segundo Francisco Ramos, esta medida é mais um passo “no reforço da capacidade operacional dos hospitais do SNS”,garantindo que algumas unidades contarão com “alguma folga positiva”, derivado do aumento do número de profissionais de saúde contratados. Em sentido contrário, Guadalupe Simões, do sindicato dos enfermeiros portugueses, considera que o aumento de profissionais de saúde, é “manifestamente insuficiente para as necessidades”, em declarações à TSF.

Em fevereiro o Governo já tinha autorizado a contratação de 450 enfermeiros e 400 assistentes operacionais, visando a recuperação do Sistema Nacional de Saúde, considerado pelo Ministério da Saúde como um dos “principais desafios a curto e médio prazo”.

A fatia de funcionários contratados por cada hospital será proporcional à falta de pessoal em cada unidade hospitalar. Desta forma os maiores centros, deverão receber a maior fatia de contratados. O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, deverá receber 75 assistentes operacionais e 24 assistentes técnicos, enquanto que o Hospital de São João, no Porto, poderá contratar 44 enfermeiros e 84 assistentes operacionais. Por sua vez, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra tem direito a contratar 100 funcionários, no total.