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“Temos uma das cinco melhores farmácias em Portugal”

Liga das Associações de Socorro Mútuo

A Liga das Associações de Socorro Mútuo de Vila Nova de Gaia tem 115 anos de história, num percurso onde o objetivo tem sido sempre “satisfazer as necessidades dos associados”, sobretudo no apoio médico e medicamentoso. A IN esteve à conversa com Luís Amorim, presidente da Liga e Carlos Esteves, tesoureiro, para conhecer melhor o trabalho desta instituição.

A Liga das Associações de Socorro Mútuo de Vila Nova de Gaia “nasceu em 1905” e tem “uma história recheada de crescimentos e objetivos”. Luís Amorim, presidente da Liga, começa por nos explicar que quando a Liga foi fundada “tinha cerca de dez instituições”, mas que “atualmente são apenas três”.

“Uma liga é uma federação de associações”, que se unem num objetivo comum, explica o Presidente. Atualmente, as três societárias são “A Vilanovense – Associação Mutualista, a Associação Oliveirense de Socorros Mútuos e o Montepio Vilanovense De Socorro Mútuo Costa Goodolphim”.
Inicialmente, quando foi fundada a Liga, “a associação Vilanovense era a principal associação e estava direcionada para a proteção social, o que chamamos hoje solidariedade, com apoios muito importantes como o subsidio de funeral”. Todavia, os tempos mudaram e a realidade alterou-se, passando a serem necessários outros tipos de apoios. “Ultrapassada essa necessidade, impunha-se dar apoio na área da saúde”.

Na altura, refere Luís Amorim, “a lei não permitia que uma instituição tivesse uma farmácia, e foi por isso que formamos uma federação. Somos a primeira e mais antiga Liga do país. Só assim nos permitiram abrir uma farmácia e dar benefícios aos nossos associados. Antigamente a facilidade de acesso a medicamentos não era igual aos dias de hoje, e por isso sabíamos do apoio que tínhamos de dar”.

Atualmente o presidente não tem dúvidas em afirmar que a Liga tem “uma das cinco melhores farmácias a nível nacional. No total, a Liga emprega 40 pessoas, 25 delas apenas na Farmácia. A maioria dos nossos trabalhadores são licenciados, o que nos dá um acréscimo na qualidade e rigor dos nossos serviços”. A venda de medicamentos acontece ao público em geral, mas são os associados quem pode usufruir de “inúmeros descontos e vantagens”.

A aposta na área da saúde foi sempre a principal bandeira desta Liga. “Apostamos muito e de forma muito forte na área da saúde. Contratamos especialistas de renome, que nos trazem uma oferta de qualidade. As listas de consultas estão quase sempre cheias”. O sucesso deve-se, afirma Luís, “aos preços e à acessibilidade. A clínica está aberta todos os dias a partir das sete e meia da manhã, com análises clínicas, e depois das oito e meia com médicos de várias especialidade e dentistas”. Além da rapidez no atendimento, também os preços são um fator decisivo. “O valor das consultas vai de 29,50 euros a 39,50 euros em consultas de especialidade, o que representa um terço do valor habitual, para os associados das nossas societárias”.

A par da clínica e da farmácia, em 2011 a Liga “arrancou com um projeto de saúde e bem-estar. Hoje as pessoas cuidam cada vez mais da sua imagem, sejam homens ou mulheres. E por isso nós percebemos que na área social o bem-estar tinha muito potencial para ser trabalhado. Criamos uma clínica específica para tratamentos estéticos, com preços bem mais acessíveis, em cima de uma clínica médica, com profissionais de altíssima qualidade, o que nos permite fazê-los com toda a segurança”.

Este novo investimento reforça o objetivo sempre presente de “prestar o melhor serviço aos 36.000 associados efetivos”. A Liga “não sobrevive de subsídios”, explica o Presidente, o que faz com que “possa ter autonomia e liberdade nas suas ações e tomada de decisão. Somos independentes. Aqui ninguém pergunta a quem chega o credo, as opções políticas, as tendências filosóficas… queremos é que as pessoas se juntem a nós. A satisfação das necessidades dos nossos associados é a prioridade”.

Carlos Esteves, tesoureiro, destaca as grandes obras que a Liga já concretizou. “Os edifícios que aqui estão foram todos construídos de raiz por nós. Quando se começou a fazer a obra, em 2006, foi tudo demolido exceto a fachada e tudo isso, num investimento total de quatro milhões e 200 mil euros, sem que houvesse subsídio ou comparticipação do estado”. Para o futuro, Carlos Esteves levanta a ponta do véu e desvenda que vêm aí novos projetos. “Avançaremos brevemente para um projeto no espaço que é hoje parque de estacionamento. Iremos construir algo de apoio à comunidade, e também não vamos recorrer a capitais alheios”. No entanto, não nos avança mais pormenores porque “ainda vamos discutir o projeto com as nossas societárias. Durante o ano de 2020 as ideias devem ficar arrumadas”.

115 anos depois, “a vocação da Liga continua a ser apoiar”. “O mutualismo não é mais do que o mecanismo criado para fazer funcionar a solidariedade. Aqui temos pessoas de todos os extratos sociais, que contribuem para um fundo comum, que todos podem utilizar, sobretudo os que mais precisam”.

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