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CGD vai deixar adiar prestações de crédito até seis meses

Perante a crise provocada pela nova pandemia da COVID-19 a CGD vai permitir o adiamento até seis meses das prestações de créditos bancários para particulares e empresas.

A instituição bancária Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou hoje algumas medidas que vai adotar, decorrentes na nova pandemia da COVID-19. Para clientes particulares destaca-se o adiamento até seis meses das prestações do crédito. Por outro lado, para as empresas a CGD permite uma moratória nos pagamentos de crédito.

Em comunicado, o banco público justifica esta decisão. “Decidiu tomar um conjunto de medidas que de forma simples e imediata serão implementadas abrangendo os seus clientes com créditos ativos” face ao “momento de exceção em que nos encontramos”.


Para os clientes individuais com créditos de habitação ou pessoal, a instituição bancária vai avaliar “a eventual carência de capital até seis meses, mediante pedido dos clientes e em condições de simplicidade de acesso”. Além disso, para todos os clientes com conta na CGD todas as transferências através dos canais digitais serão gratuitas “durante este período de crise”, pode ainda ler-se.

Fazem ainda parte das medidas a isenção da primeira anuidade para os clientes com conta e que não possuam cartão de débito e para os clientes com pensão até 1,5 vezes o salário mínimo nacional e os jovens até 26 anos que estarão isentos do pagamento de comissões.

Relativamente aos clientes empresa, “sem prejuízo das medidas que estão a ser aprovadas pelas autoridades nacionais e europeias”, a CGD aplicará medidas que serão executadas depois de solicitadas pelos clientes, atendendo “aos níveis de risco adequados”. Deste modo, as empresas poderão “reajustar os pagamentos das prestações mensais nos seus créditos de médio e longo prazo por um período até seis meses, para que possam ajustar os seus planos de tesouraria aos novos níveis de atividade”, garantem.

Os prazos de pagamento de financiamento especializados “em modelos de leasing para equipamentos mais atingidos pela atual crise” podem, também, ser prolongados por períodos adicionais de 12 meses, “reduzindo o esforço de tesouraria mensal”.

A CGD compromete-se ainda, “em articulação com as sociedades de garantia mútua promover o ajustamento das prestações dos financiamentos garantidos”, como forma de “aliviar o peso das prestações nos períodos críticos dos próximos meses”. Ainda no rol de medidas está previsto renovar “a generalidade dos planos de limites aprovados por prazos que podem ir até 180 dias” e simplificar os mecanismos de prorrogação até 180 dias de todas as operações de curto prazo em vigor.

No caso das empresas ou entidades do setor da saúde e social, o bando vau “simplificar a decisão de prorrogação em 12 meses do prazo total de operações de leasing mobiliário que estejam em vigor e, em alternativa, introduzir períodos de carência até 12 meses”. Para o setor dos transportes vai “alargar o prazo de pagamento dos leasings sobre viaturas ligeiras e viaturas pesadas por períodos até 12 meses ou em alternativa introduzir períodos de carência até 90 dias”. No setor do turismo vai “alargar os prazos de vencimento até mais cinco anos, em função de avaliação pontual tendo presente aspetos específicos das empresas”.

O banco estatal vai ainda criar linhas de crédito e reforçar as atuais linhas “para conferir meios adicionais às empresas no âmbito das suas atividades, nomeadamente para aquisição de equipamentos informáticos e de telecomunicações no sentido de incrementar os meios disponíveis para teletrabalho”.