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Fugir de casa só com um escape game

São 14 desafios para se cumprir ao longo do mesmo número de dias. O desafio virtual ‘Lockdown’ consegue trazer a ideia dos escapes rooms para dentro de casa de cada um de nós, em pleno isolamento de COVID-19, graças a uma empresa de Famalicão.

Chama-se Enigmind e é especializada em jogos de grupo, como escape games, jogos mistério, atividades de team building e caças ao tesouro. Sediada em Vila Nova de Famalicão, a empresa aposta em desafios em contexto interpessoal, mas em tempo de isolamento isso já não é possível. Cientes da necessidade de se adaptarem, criaram um escape game virtual.

‘Lockdown’ é o nome do desafio virtual gratuito de 14 episódios, a ser enviado por email ao longo de 14 dias (curiosamente o mesmo período de cada isolamento profilático para combater o novo coronavírus e, por conseguinte, de cada estado de emergência decretado).

Os enigmas relativos à investigação da fuga do prisioneiro 1027 foram pensados para “todas as pessoas fechadas em casa”. Os participantes só precisam de se inscrever online e, com a ajuda da agente Sofia no terreno, tentam decifrar informações ocultas sobre o caso.

Em entrevista ao ‘P3’, Ana Fernandes, da direção da Enigmind, diz que o novo projeto “surgiu logo que se sentiu o impacto do surto do novo coronavírus”, porque, “obviamente, o trabalho tinha de continuar”.

A empresa quis continuar assim o serviço ao público, “de uma forma não habitual”, e gratuita, “uma vez que as pessoas iam ficar fechadas em casa”.

Com a série ‘Lockdown’, a Enigmind espera chegar “ao maior número de pessoas possível”, até “porque o estado de emergência afeta todos os portugueses”.

feedback, disse Ana Fernandes ao ‘P3’, tem sido “extremamente positivo” e vem de imensos clientes e não clientes, tanto pré-adolescentes como adultos, ficando todos “à espera do próximo episódio” deste escape game.

Uma segunda série de desafios não está posta de parte. “Muito provavelmente, o estado de emergência será renovado e com o jogo, ainda que desenhado, a ser criado a cada dia, abrimos a possibilidade [de o continuar] para que não tenha um desfecho total”, admitiu Ana Fernandes.