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Enólogos espanhóis defendem que a COVID-19 morre no vinho

Depois de consultar a comunidade médica, a Federação Espanhola de Enologia garante que a COVID-19 morre em contacto com o vinho, numa mistura de álcool, ambiente politónico e polifénois.

Depois de múltiplas questões relacionadas com os efeitos que o álcool poderia ter, como forma de combater o novo coronavírus, a Federação Espanhola de Enologia realizou um estudo, que incluí uma série de entidades médicas e institutos de enologia e concluiu que a COVID-19 poderá não sobreviver em contacto com o vinho. Santiago Jordi Martín, presidente da federação enóloga, declarou em comunicado que “a sobrevivência do coronavírus no vinho parece impossível porque a combinação concomitante da presença de álcool, um ambiente hipotónico [o que em Química significa que se trata de um líquido em que a concentração do soluto é menor que a concentração do solvente] e a presença de polifenóis [substâncias naturais antioxidantes que se encontram em abundância nos taninos do vinho] impedem a vida e a multiplicação do próprio vírus”.

A contaminação pela via de garrafas ou embalagens “parece ser muito remota, senão estatisticamente inexistente tendo em vista a curta vida do vírus e a ausência de um hóspede vivo ‘biológico’ positivo”. Já em relação ao consumido de vinho para combater a infeção do novo coronavírus, Jordi Martín garante que “o consumo moderado de vinho, desde que levado a cabo de forma responsável, pode contribuir para uma melhor higiene da cavidade bucal e da faringe, onde é comum o vírus alojar-se numa eventual infeção”.

Em 2017, um estudo realizado por cientistas da Universidade de Washington, publicado na revista Science, já indicava que o vinho, derivado dos seus componentes, tinha capacidade de combater o avanço do vírus da gripe e limitar os seus sintomas, especialmente o tinto. Dessa forma o vinho pode ser aconselhado a pessoas saudáveis e sem patologias.