Três mil milhões de euros foram devolvidos às famílias no ano passado, 1.260 milhões só no primeiro mês,através de reembolsos de IRS. Este ano, quando o país está parado, estes valores podem representar uma ajuda importante no orçamento familiar dos portugueses.
O país está quase parado na luta contra a pandemia da COVID-19, o que se reflete em muitos orçamentos familiares. Abril, com os reembolsos de IRS aos contribuintes, pode significar uma lufada de ar fresco. A campanha da Autoridade Tributária arranca já na quarta-feira, prolongando-se por três meses.
O valor total de reembolsos de IRS tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos. Segundo os dados de execução orçamental de 2019, a Autoridade Tributária devolveu um total de 3.003,1 milhões aos contribuintes portugueses, o que traduz uma subida de 14% em relação ao ano anterior. 1.260 milhões de euros foram reembolsados logo no primeiro mês de campanha, em abril, sendo que o valor médio das transferências para as famílias superou os mil euros.
A prioridade nos reembolsos é dada a quem entrega declaração automática, e, sobretudo, os que a entregam nos primeiros dias do prazo que corre até ao final de junho. Se a data final para reembolsos é 31 de julho, o processamento após a entrega das declarações tem vindo a ter prazos cada vez mais curtos. A meta da Autoridade Tributária aponta a um período de espera médio pela transferência de entre 15 e 25 dias. Em 2018, ficou em 17 dias e em 2017 atingia os 23 dias, segundo a Direção de Serviços de IRS.
No entanto, se muitas famílias serão beneficiadas com o reembolso do IRS, outras haverão que têm de pagar esse imposto. Por agora, o Governo não avançou com uma nova data para esta obrigação, mantendo-se o limite em 31 de agosto, ou em prestações, mediante pedido prévio.
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