Investigação do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington traça três cenários distintos. Número alto de infeções deverá registar-se em dezembro.
Existem três cenários para cada país, mas o mais realista diz que Portugal poderá chegar a dezembro com quase 20 mil casos diários de coronavírus e com um total de 8000 mortes, aproximadamente. As previsões são do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, nos EUA.
No primeiro cenário – talvez o mais realista -, os investigadores assumem que a população em geral continua a usar máscara em público, que o alívio de medidas restritivas se mantém mas que o confinamento é reintroduzido por seis semanas (em dezembro) quando se atingir o patamar de oito mortes por milhão de habitantes.
O segundo cenário – mais pessimista – onde não são reintroduzidas medidas de confinamento, mostra Portugal a chegar aos 80 mil casos de COVID-19 em janeiro do próximo ano.
Aqui seriam necessárias mais de 4000 camas de hospital, cerca de 1700 camas em cuidados intensivos e pouco mais de 1600 ventiladores.
No terceiro cenário – mais otimista -, no qual o uso de máscaras aumenta para 95% da população no espaço de sete dias e mais tarde são reintroduzidas medidas de confinamento no caso de se ultrapassar os oito mortos por um milhão, a projeção é de 17 mil casos diários (no fim de dezembro) e 4015 mortes.
Este domingo, 6 de setembro, Portugal atingiu o patamar dos 1840 mortos e dos 60 258 infetados. Esta segunda-feira, dia 7, especialistas, políticos e parceiros sociais estão reunidos, no Porto, para analisar a situação epidemiológica no nosso país.
Enquanto o primeiro-ministro António Costa realça que “o risco de contágio (da COVID-19) vai aumentar”, a Ministra da Saúde, Marta Temido, diz que o país está mais bem preparado, mas que “não podemos suportar um novo ‘lockdown’”.
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