Avaliada em 2.751 milhões de euros, a EDP continua a liderar o ranking das marcas portuguesas mais valiosas do mercado, revelam os dados de um estudo anual realizado pela OnStrategy. A Galp Energia e a Jerónimo Martins completam o pódio com uma avaliação de 1.873 e 1.048 milhões de euros, respetivamente.
No top10 do ranking, seguem as marcas Pingo Doce (824), MEO (698), Millennium BCP (684), Caixa Geral de Depósitos (672), Continente (668), EDP Renováveis (529) e BPI (511).
Além da análise da reputação, da estratégia e da força das marcas, foi também feita uma avaliação financeira do referente valor de mercado. A marca mais valiosa continua a ser, sem surpresas, a EDP, “algo que ocorre consistentemente há vários anos”, realça João Baluarte, sócio responsável pelos estudos financeiros da OnStrategy.
As marcas Novo Banco, Via Verde e Lusíadas Saúde apresentaram a maior valorização, acima dos 10%. No sentido inverso, a marca TAP foi a mais desvalorizada, com um valor superior a 20%.
No que aos setores de atividade diz respeito, a Energia e o Retalho/Distribuição representam 38%, aproximadamente 19% cada, do valor consolidado das 100 marcas portuguesas mais valiosas. Por sua vez, a Banca representa 12%, o Petróleo e o Gás 11% e as Telecomunicações 7%, setores que, de forma agregada, valem sensivelmente 17 mil milhões de euros.
“De uma forma geral, a valorização das marcas portuguesas continua a ser impactada pelos fenómenos inflacionistas, pela instabilidade provocada pela guerra na Ucrânia e, sobretudo, pelo aumento das taxas de juro”. Estes fatores “condicionaram a perceção de risco e o aumento das taxas de desconto e, em muitos casos, absorveram o aumento do volume de negócios e das margens operacionais nos diversos setores de atividade, bem como o aumento da força e energia das marcas nacionais”, fundamenta João Baluarte.