São os últimos galardoados dos prémios 2019. Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer receberam o Nobel da Economia “pela sua abordagem experimental para aliviar a pobreza global”.
“Em resumo, envolve dividir esse problema em perguntas menores e mais fáceis de administrar – por exemplo, as intervenções mais eficazes para melhorar os resultados educacionais ou a saúde infantil. Eles mostraram que essas perguntas menores e mais precisas, geralmente são melhor respondidas por experimentos cuidadosamente projetados entre as pessoas mais afetadas”, justificou a Real Academia Sueca das Ciências durante o anúncio feito esta segunda-feira, 14 de outubro.
Michael Kremer nos anos 1990 e, mais tarde, Abhijit Banerjee e Esther Duflo, adoptaram métodos experimentais para alcançarem respostas mais credíveis sobre questões onde muitas vezes os economistas têm falhado: qual a melhor forma de retirar o maior número de pessoas possível de uma situação de pobreza extrema?
“Como resultado direto de um dos seus estudos, mais de cinco milhões de crianças indianas beneficiaram de programas eficazes de aulas de reforço nas escolas. Outro exemplo são os pesados subsídios para cuidados de saúde preventivos que foram introduzidos em muitos países”, continuou.
Esther Duflo tornou-se na segunda mulher a ser distinguida com este prémio. A primeira foi a norte-americana Elinor Ostrom, em 2009, pela “sua análise na área da governação económica”.
No ano passado, a Academia Sueca atribuiu o Prémio Nobel da Economia aos norte-americanos William D. Nordhaus e a Paul Romer. Os dois foram laureados pelos seus trabalhos de crescimento sustentável a longo prazo na economia global e bem-estar da população mundial.
O Nobel da Economia é atribuído desde 1969 e o seu nome oficial é Prémio Banco de Suécia de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel.