Um município que se revela a cada passo, uma autêntica pérola à beira Tejo. Com uma frente ribeirinha recuperada, o Seixal tem cada vez mais visitantes e está a despertar cada vez mais o interesse de muitos investidores atraídos pela baía, restauração e hotelaria. Em entrevista à IN Corporate Magazine o presidente Joaquim Santos revelou a ambição de projetar o Seixal como um município para viver, visitar e investir.
O Seixal é uma surpreendente pérola à beira Tejo. Com o turismo em crescendo, quais os locais de destino obrigatório no Município?
São muitos os motivos para visitar o concelho do Seixal. Destaco a variada oferta gastronómica, de excelente qualidade com pratos tradicionais, mas também com cozinha do mundo, e destaco o valioso património histórico-cultural, para além da nossa Baía, muito procurada para a prática da náutica de recreio e para navegar a bordo das nossas duas embarcações tradicionais, o varino Amoroso e o bote de fragata Baía do Seixal. Em relação ao património histórico-cultural, devo dizer que o mesmo tem características únicas no país. Deixo o convite para uma visita aos vários núcleos do Ecomuseu Municipal do Seixal, que dão a conhecer aos visitantes o património do concelho, bem como a sua história. Aconselho também uma visita à Quinta da Fidalga, cuja fundação remonta ao século XV, e à Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, equipamento cultural de excelência, com projeto do arq.º Siza Vieira, e depois ao novo Parque Urbano do Seixal, com uma vista deslumbrante sobre o Seixal, rio Tejo e Lisboa.
A proximidade a Lisboa é fulcral no desenvolvimento de toda a região. Estar longe da confusão estando perto das oportunidades empresariais fazem do Seixal uma das principais alternativas ao centro metropolitano da capital portuguesa?
Pensamos que sim. O Seixal está a cerca de 20 minutos de Lisboa, pelo que a proximidade é grande, mas sem a pressão de Lisboa, sendo assim uma excelente opção para quem procura mais tranquilidade e qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o concelho proporciona aos seus munícipes todas as condições, seja ao nível da cultura, do desporto ou da educação, pelo que consideramos que o Seixal é hoje um município onde se vive com elevada qualidade de vida, e isso podemos confirmar com o número de novos moradores que escolhem o concelho para viver, inclusive cidadãos estrangeiros.
Que significado tem a redução do IMI, pelo quinto ano consecutivo, para 0,38 por cento?
Aprovamos agora em setembro, pelo quinto ano consecutivo, a diminuição do valor da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que se situará em 2020 nos 0,380 por cento, descendo dos atuais 0,390 por cento. Esta nova redução de taxa de IMI significa a autarquia abdicar de quase sete milhões de euros que os munícipes não terão de pagar. Consideramos que esta é uma medida de desagravamento fiscal com equidade, abrangência e impacto transversal a todos os proprietários de imóveis no concelho, uma opção que concretiza o compromisso com a população para este mandato autárquico de redução de impostos e ao mesmo tempo um reforço do investimento municipal, em áreas como a educação, cultura, desporto, espaços públicos e equipamentos.
20 por cento do tecido empresarial da Península de Setúbal está instalado no Seixal. Que razões e condições fazem do Seixal um município atrativo para investir?
No que se refere à indústria, logística e serviços, o município do Seixal está neste momento em condições de receber qualquer projeto, tendo em conta que no Plano Diretor Municipal publicado em 2015 se afetaram mais de 950 hectares a estes setores. Fruto dessa capacidade de planeamento e da centralidade destes territórios, vamos ter em breve no concelho a instalação da multinacional portuguesa da área das ciências da saúde Hovione, uma nova fábrica de produção de medicamentos, que irá criar centenas de postos de trabalho qualificado e riqueza. Além da vanguarda no planeamento, a localização do concelho do Seixal, geograficamente bem situado, é uma mais-valia para qualquer empresa, para lá de outros fatores como a população jovem e qualificada.
Para empresas mais embrionárias, que razões existem para se escolher a Incubadora Baía do Seixal?
A Incubadora de Empresas Baía do Seixal é um excelente espaço com todas as condições para albergar empresas em início de vida, pois dispõe de gabinetes modernos, qualificados e equipados com tudo o que é essencial para a fase inicial da atividade. As empresas incubadas beneficiam de valores inerentes ao seu funcionamento muito inferiores aos de mercado e têm a possibilidade de participar em iniciativas e projetos do município.
Assumir o Seixal como uma smart city com a preocupação ambiental em principal destaque é a principal evidencia na aposta e também preocupação com o futuro?
No Seixal, preocupamo-nos com a qualidade ambiental e com os nossos jovens que serão o futuro do concelho. É por isso que, a 6 de abril de 2018, procedemos à assinatura de um contrato, no âmbito do projeto Laboratórios Vivos para a Descarbonização (LVpD), que prevê a implementação de 12 projetos junto à Baía, numa extensão de cerca de quatro quilómetros. Trata-se de um investimento na ordem dos 2,5 milhões de euros, entre dinheiro público e investimento privado, e é um projeto que vai começar a ser implementado durante este ano, em que se irão testar novas tecnologias e sistemas ambientais inovadores para se poderem avaliar e posteriormente alargar a sua utilização.
O Seixal coordena, desde 2002, a Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis. A saúde é, também, uma das prioridades do atual executivo. Que medidas foram implementadas nesse sentido?
A área da saúde é uma das grandes apostas e também das grandes lutas que o concelho do Seixal tem vindo a travar há anos, pois necessitamos de mais centros de saúde, mas também que se avance decisivamente para a construção do hospital no Seixal, um equipamento de extrema necessidade que a população espera há anos. É verdade que presidimos desde 2002, com muita honra, à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis e que temos vindo a reforçar a ação das autarquias nesta área, e a desenvolver diversas parcerias e projetos a nível nacional em prol de melhores condições de saúde para as populações. Ao nível do município, promovemos ainda o projeto Seixal Saudável, que é um projeto de desenvolvimento da saúde no município do Seixal, que se realiza através de parcerias entre diversas instituições do concelho, em que o foco é a prevenção das doenças através da promoção de estilos de vida saudáveis.
Que outros projetos estão a decorrer com o objetivo de dinamizar o concelho?
No quadro da intervenção urbana com vocação turística e na área envolvente à Baía, estamos a desenvolver projetos em toda a sua extensão, na frente ribeirinha do Seixal, na frente ribeirinha de Amora e na restinga da Ponta dos Corvos, procurando preservar o que de melhor temos – a autenticidade de um território único. São exemplo os projetos Hotel Mundet, Hotel da Quinta da Trindade, Porto de Recreio e Hotel do Seixal, Eco Resort da Ponta dos Corvos e Hotel e Porto de Recreio de Amora. O Hotel Mundet foi recentemente adjudicado e entrará em funcionamento previsivelmente em 2021. Sobre os restantes projetos, a autarquia procura parcerias para poder concretizar estes equipamentos que potenciarão o desenvolvimento turístico do concelho.