Começou numa garagem e hoje é uma empresa reconhecida internacionalmente. O grupo Joselen celebra este ano 30 anos de atividade. A empresa de Famalicão tem-se evidenciado através da personalização de uniformes de trabalho, carimbados com a marca Unitrajes. Foi pelas palavras da administradora, Joana Costa, que conhecemos os segredos pro detrás do crescimento constante da empresa.
Em atividade desde 1989, como se define hoje o grupo Joselen?
O dia 1 de fevereiro de 1989 foi o primeiro dia de atividade da Joselen, na altura uma microempresa familiar fundada pelos nossos pais que se dedicava à revenda de tecidos em feiras de norte a sul do país.
O início de uma empresa, para uma grande maioria das empresas nunca é fácil, mas para a Joselen foi particularmente difícil. As instalações eram numa pequena garagem (ainda que provisória), além disso, quando o capital é pouco, as carrinhas servem de hotéis para seguirem de feira em feira, visitando-nos ao fim de semana para matarem as saudades.
Anos mais tarde nasce a Celmoda, uma marca de vestuário feminino com produção para o mercado de revenda e que atualmente conta com dois cash’s – um no norte do país, em Famalicão, e outro no centro, em Lisboa. Esta marca, trouxe consigo gente nova, novas ideias, novas tecnologias, que ainda hoje exigem de nós um dinamismo constante para acompanhar as tendências de mercado.
Posteriormente e derivado à nossa forte presença no mercado íamos sendo abordados com alguma frequência por empresas que nos pediam para criarmos uma linha de vestuário mas não tanto relacionado com a moda mas sim com o trabalho, a primeira empresa que acreditou em nós foi a TAAG (Transportadora Aérea Angolana). E é dessa forma que nasce a segunda marca do grupo, a Unitrajes.
Foi com a mesma vontade e audácia que em 2012 estes três irmãos partiram para a terceira e última marca do Grupo a Hygieco, que se dedica ao comércio de produtos e utensílios de limpeza para profissionais, com a excelente oferta que apresentamos aliada ao preços competitivos com que começamos desde o primeiro dia foi muito fácil ganhar quota de mercado.
Hoje a Hygeco orgulha-se de ser líder na zona norte no que diz respeito à venda deste tipo de material e projeta para o ano de 2020 e 2021 triplicar o volume de faturação com o aumento da equipa comercial e sucessiva quota de mercado e aumento de instalações.
Para concluir, queremos celebrar estes 30 anos do Grupo Joselen e celebrar a forma como foi capaz de criar relações duradouras que nasceram desde o primeiro dia, de gerar e solidificar confiança com outras organizações, desde clientes aos fornecedores e outros parceiros. O nosso muito obrigado a todos!
Qual a importância da farda no contexto empresarial e da Segurança e Saúde no Trabalho?
Muitas vezes ouvimos a expressão: “A primeira impressão é a que fica!”. Esta expressão não é dita à toa, este processamento de memória é muito frequente e as empresas devem tirar partido disso.
Felizmente, há cada vez mais empresas a quererem cuidar da imagem da sua empresa e também com a segurança dos seus funcionários. Por isso, a Unitrajes trabalha no departamento de desenvolvimento de imagem juntamente com o cliente para encontrar soluções que vão de encontro às necessidades do mesmo.
A aparência de um trabalhador, seja ele vendedor, rececionista ou operacional, dá um forte contributo para a construção do marketing da empresa e para a forma como os clientes olham para si. Por isso, achamos nós, sem puxar a brasa à nossa sardinha, que é de absoluta importância usar um uniforme cuidado, personalizado e que vá de encontro aos valores e cultura da empresa, respeitando obviamente as questões de segurança a que as mesmas são obrigadas.
A tecnologia marca presença também nas fardas? O que representa, por exemplo a tecnologia sofshell?
O mundo está cada vez mais tecnológico e as empresas também, a Joselen obviamente que não é exceção, a tecnologia é algo que está cada vez mais presente no nosso dia a dia, no setor têxtil, temos verificado grandes avanços a nível tecnológico que nos têm trazido grandes vantagens competitivas, e a tecnologia softshell é uma delas.
É um têxtil usado em várias peças de vestuário, sobretudo na área do fardamento, por ter características muito particulares. A tecnologia Softshell é baseada num tecido especial feito de uma membrana microporosa composta por três camadas sobrepostas diferentes para criar uma combinação única: poliéster externo fino e maleável (que repele a água e protege contra o vento); membrana respirável (para facilitar a eliminação da transpiração); micro fleece interno (para manter o corpo aquecido).
Esta combinação cria um sistema de isolamento na medida em que o tecido regula a temperatura do corpo durante períodos ao ar livre. Além disso este tecido oferece várias características: é confortável, leve, quente, respirável e maleável.
A personalização e o departamento de design é um dos grandes pontos diferenciadores da Unitrajes?
O mundo e o futuro passa essencialmente pelas novas tecnologias e pela aposta nas mesmas, o nosso departamento de desenvolvimento e design terá que acompanhar sempre estas constantes evoluções pois é nelas que encontramos respostas inovadoras capazes de criar soluções que agradam e que superam as expectativas dos nossos clientes. É nesse prisma que gostamos de trabalhar, sempre um passo à frente daquilo que é esperado.
As empresas hoje têm, cada vez mais, necessidade de criar uma identidade própria que as defina, que as caracterize, e por isso o departamento de design procura entender a essência de cada cliente, a sua cultura os seus valores, para assim, em conjunto poderem desenvolver uma linha que transmita isso mesmo.
Atualmente, estão centrados nalguma área empresarial específica? Há alguma que gostasse de abranger?
A Unitrajes trabalha vários segmentos de mercado, desde restauração, hotelaria, saúde, indústria, educação, entre outros. No entanto, talvez por estarmos inseridos no coração de uma grande zona industrial e termos alguma notoriedade de mercado, somos bastante abordados pelo ramo industrial, em que já trabalharmos com algumas empresas de renome como: Continental-Mabor, Leica, BA, Brasmar, entre outras.
Porém queremos quebrar essa tendência e estamos a criar parceiros no ramo da educação, com escolas profissionais e também no sector da restauração onde muito se tem dado cartas a nível internacional.
Qual o vosso maior mercado, o vosso nome já chegou além fronteiras?
Face à globalização económica a internacionalização tornou-se uma das estratégias que faziam e fazem parte dos nossos planos para podermos potencializar o nosso crescimento, principalmente no que diz respeito à Unitrajes.
Em 2015 a Unitrajes definiu a internacionalização como objetivo estratégico para levar a marca a outros mercados. O primeiro mercado foi Moçambique, onde criamos mais que parceiros, amigos com quem hoje ainda temos o prazer de trabalhar. E este foi o impulso que precisávamos para uma vez mais, acreditarmos que era possível. Depois começamos a participar em feiras um pouco por todo o mundo e vamos levando a Unitrajes vestida nos colaboradores de muitas empresas que acreditam no nosso profissionalismo.