A Raízes Ribatejanas nasceu em 2018 pelas mãos de Célia Luís e Ricardo Luis, empresários de Vila Franca de Xira, que criaram uma empresa que se dedica a criar, produzir e comercializar licores que pretendem que venham a ser reconhecidos pelos seus sabores naturais e de origem ribatejana.
Esta região do país não tinha, até à época, um licor que a caraterizasse. Atualmente pode encontrar estes licores à venda em lojas especializadas, restaurantes e bares um pouco por todo o país, com maior incidência nas regiões do Ribatejo e Lisboa.
Patente nos produtos está a sua pretensão de divulgar o concelho onde a empresa está sediada, assim como as suas tradições, de forma a enquadrar culturalmente os seus produtos. “Com estes licores queremos mostrar um pouco da nossa terra, que é rica em cultura, história e tradições. Desde a nossa dança de ritmo bem vincado que é o fandango, mas também a gastronomia, as belas lezírias e várzeas do rio Tejo povoadas de gado bravo, as povoações de aves como falcões, gansos selvagens, corujas, águias, bandos de rouxinóis, cotovias… E quem não se lembra logo dos muitos ninhos das cegonhas por esses campos fora… Passeios a cavalo por paisagens verdejantes ou por um belíssimo passeio no Tejo, apreciar este lindo rio que nos presenteia com uma paisagem de cortar a respiração! Excitamo-nos quando falamos nesta região, pois não é difícil adivinhar que as nossas Raízes são do Ribatejo, o que nos traz memórias de cheiros, sabores e aromas dos nossos antepassados que nesta terra viveram e aqui criaram raízes, criando vacas e bois, vendendo leite fresquinho, sobrevivendo através do cultivo de frutos e fazendo deles licores que aqueciam os dias mais frios”, explicam.
Sorridentes, não deixam de salientar que “no sótão da avó encontramos num livro cheio de pó (com rabiscos de quem mal sabia escrever) algumas receitas que nos inspiraram a criar alguns dos nossos licores que apelidamos com nomes atrevidos, dando um pouco de humor e respeitando a cultura e tradição destas terras ribatejanas. Quisemos respeitar os aromas e, com isso, contrariar a tendência de fazer licores à pressa com ‘pozinhos de perlim pim pim’. Por isso, voltamos às raízes nas mais puras essências e apostamos em licores 100 por cento naturais, sem corantes, sem aromas artificiais e sem conservantes. Fomos descobrir os sabores da natureza. Depois, foi só dar asas à imaginação e criatividade”, acrescentam.
Com um toque muito especial de humor surgiu o licor ‘Mijo de Boi’, em memória do boi Narciso que gostava de ir ao pomar do avô comer-lhe as laranjas.
Já o licor ‘Vaca Mansa’ foi inspirado na vaca Valentina que, apesar de mansa, era atrevida. O premiado licor ‘Veneno de Serpente’, para além de ser um desafio para quem se deixa seduzir, recebeu a 13 de fevereiro a Medalha de Prata num concurso nacional de licores em Santarém. Tem também associada a lenda de Nossa Senhora de Alcamé, padroeira do campo.
A Raízes Ribatejanas tem ainda um licor bravo, a sua Ginjinha aromatizada e com uma textura mais leve e menos doce.
A dupla Luís promete enaltecer o ribatejo através destes sabores. E o leitor… atreve-se a prová-los?