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Nova Rede de Emergência Alimentar já recebeu mais de 500 pedidos

“Uma resposta limitada no tempo até estar ultrapassada a situação de emergência em que o país vive”. É assim que Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, define em declarações ao jornal PÚBLICO a nova Rede de Emergência Alimentar. A plataforma de apoio foi lançada na sexta feira e, segundo a mesma publicação, já tinha registado ao início do dia de hoje 560 pedidos.

Na fase que o pais e o mundo atravessam, as ações de cariz social ganham ainda mais importância. Isabel Jonet reconhece que “talvez metade das instituições de solidariedade social com as quais o Banco Alimentar costuma trabalhar tenham fechado as portas nos últimos dias”, o que num elevado número de beneficiários sem apoio.

“Em muitos casos, a rede de distribuição alimentar às famílias foi completamente interrompida, até porque é uma rede garantida em geral por pessoas mais velhas e que teve que se proteger a si própria”, avança, enquanto relembra os números que podem ser preocupantes. “Em tempos normais, os Bancos Alimentares já apoiam 420 mil pessoas, ou seja, 4% da população portuguesa”.

A Rede de Emergência agora criada e  que funciona através do site do Banco Alimentar objetiva que em todas as freguesias do país haja, em conjunto com as instituições que permanecem abertas, uma resposta e, acima de tudo, que “as pessoas não passem fome”, declara Isabel. Os que puderem deslocar-se vão buscar os alimentos à instituição mais próxima da sua casa e para quem não o puder fazer, existe uma rede de voluntários que fará a distribuição.

Face a estas necessidade, o Governo já fez também saber que vai reforçar com 50 milhões de euros os acordos de cooperação com o setor social, responsável pelos lares de idosos ou centros de dia e ainda criar uma linha de financiamento de 160 milhões de euros.