Uma carta variada, onde a carne e o peixe frescos são os reis, e uma garrafeira com mais de 320 referências de vinhos de todo o país, são o que faz do Harpa um ponto de paragem obrigatória para quem gosta de comer bem e beber melhor. Manuel Paula dirige o negócio há sete anos e acredita que “a inovação e a qualidade” são as chaves do sucesso.
Manuel Paula trabalha na área da restauração há 40 anos. Explica-nos que a sua carreira começou em 1979, “mas só em 1984 começou a perceber alguma coisa de cozinha”. Em 2012 trabalhava num restaurante em Oliveira de Azeméis quando o anterior proprietário do Harpa o convidou a vir dirigir esta cozinha. “Um ano mais tarde, e como ele tinha outros negócios e não se quis dedicar a este, propôs-me que eu ficasse com o restaurante. Decidi arriscar”. Desde então, começou esta aventura de bem servir os clientes, em São João da Madeira.
Um conceito de “cozinha tradicional portuguesa”, sempre com a máxima qualidade e os melhores produtos, é o que o Harpa tem para oferecer. “Preocupo-me em exigir sempre uma qualidade acima da média. Quero ser uma referência em São João da Madeira, e só assim é possível”.
Manuel não tem dúvidas de que em São João da Madeira “as pessoas ainda gostam de comer bem”, por isso a aposta vai sobretudo para pratos “tradicionais” e as inovações ficam para situações pontuais ou ocasiões especiais. “Por vezes confecionamos pratos que saem já empratados, com um toque moderno, mas de modo a que as pessoas comam e fiquem satisfeitas. Não adianta inventarmos muito”, conclui.
No Harpa é possível comer um bom peixe e uma boa carne, e ainda algum marisco. “Trabalhamos sempre com produtos frescos. O peixe, os legumes, a carne… No peixe só confecionamos quatro tipos, o rodovalho, a pescada, o robalo e a dourada. Pontualmente, nas alturas próprias, temos também sardinha, por exemplo”.
Para manter os padrões de qualidade a que habituou os seus clientes, Manuel Paula tem consigo os melhores fornecedores. “Muitos dos produtos, como por exemplo os legumes, consigo comprar aqui no mercado ou a alguns produtores locais. E de resto, carnes e peixe, são servidos por empresas da nossa confiança, que têm armazéns de distribuição próximos e produtos de qualidade. Não andamos sempre a experimentar fornecedores diferentes, preferimos manter o padrão”. E, ainda assim, sempre que o Harpa quer trazer novidades à ementa, são feitos “vários testes antes, experimentamos, até chegarmos a pôr na carta”.
No topo da lista de especialidade da casa estão a vitela e o cabrito assado, que podem ser encomendados ou estão disponíveis à sexta à noite e domingo à hora de almoço, o cabrito, e sábado e domingo, a vitela. Também o arroz de cabidela, prato da carta à quinta-feira, “e feito sempre com galos caseiros” é uma atração para quem procura o Harpa. O peixe fresco grelhado na brasa, o bife pimenta, o cordon blue, ou os miminhos de novilho são “pratos de referência”. Para quem não dispensa um doce depois da refeição, a carta das sobremesas é extensa e “são todas caseiras”, assegura Manuel, orgulhosamente. Desde a torta de laranja, ao cheesecake de frutos vermelhos e o cheesecake Harpa, o pudim abade de priscos, o pudim francês, a tarte de maça com chocolate quente, e a fruta sempre fresca, muitas são as opções para não saltar a sobremesa antes do café.
E como uma boa comida pede sempre um bom vinho, a garrafeira do Harpa é de fazer inveja. “Temos de estar sempre atentos ao mercado, no fundo. Se o cliente chegar e perguntar por um vinho… temos de o ter cá. E nisto há dois tipos de clientes. O que bebe sempre o mesmo e os que gostam de provar vários. Felizmente, aqui no Harpa temos vinhos para todos os gostos, há muita variedade e com muita qualidade”. Neste momento, os clientes podem escolher entre “320 referências de vinho, desde o Dão ao Alentejo, temos aqui os melhores vinhos portugueses”. A equipa “tem pessoas especializadas em vinho, que podem aconselhar o cliente”, embora Manuel reconheça que “o cliente está muito mais bem informado hoje em dia, é mais exigente”.
Se perguntarmos a Manuel qual é o segredo do sucesso da sua casa, a resposta vem sem hesitações. “A nossa preocupação é sempre com o grau de satisfação das pessoas. É nisso que estamos a apostar, e que nos dá trabalho. Chegamos a este patamar de reconhecimento e temos de o manter, as pessoas não se podem desiludir”. Para tal, Manuel reconhece que nem sempre é possível ser o mais competitivo do mercado. “Nós tentamos acompanhar os preços, mas temos de manter a qualidade. Servimos bem”.
A restauração continua a ser uma das áreas onde é mais difícil encontrar mão de obra qualificada. “Temos de apostar em pessoas novas e fazê-las à medida da nossa casa. É uma área muito desgastante, é preciso gostar-se. Particularmente, preocupo-me sempre em saber o feedback dos clientes sobre a equipa, se estão satisfeitos com o atendimento. E os clientes estão bem satisfeitos por agora.”
Daqui para a frente, o lema do Harpa mantém-se. “Queremos melhorar, inovar, estar constante remodelação da garrafeira e dos pratos da ementa também. Temos clientes diários e que não se podem cansar”, finaliza Manuel.