As exportações de vinhos portugueses cresceram 5,3% em volume, no ano passado, e 3,2% em valor para 846 milhões de euros, impulsionadas pelas vendas para o Brasil, segundo dados do INE, citados pelo Governo.
“As exportações dos vinhos portugueses tiveram, no ano passado, um comportamento muito positivo, registando um assinalável acréscimo, quando comparado com 2019. Assim, e segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos a 2020, verificou-se um aumento não só no volume, 5,3%, mas também no valor, 3,2%, com um resultado de 846 milhões de euros, mais 26 milhões de euros do que no anterior”, indicou, em comunicado, o Ministério da Agricultura.
O Brasil, França, EUA, Reino Unido e Canadá foram os mercados que mais contribuíram para estes resultados.
De janeiro a dezembro, as exportações para o Brasil avançaram cerca de 26,5% em volume e 23,5% em valor para os 68 milhões de euros.
Já as destinadas aos EUA progrediram, no período em causa e face a 2019, 13,5% em volume e 3,1% em valor, totalizando 92 milhões de euros.
Por sua vez, as exportações de vinhos portugueses para o Reino Unido ascenderam 26,9% em volume e 16,2% em valor para 90 milhões de euros.
No Canadá registou-se um acréscimo de 6% em volume e 4,9% em valor para cerca de 50 milhões de euros.
Foi também no Canadá onde se registou o melhor preço médio, com cerca de 3,64 euros por litro.
No mercado comunitário, o destaque vai para França, que registou 110,5 milhões de euros, seguido pela Alemanha (47,5 milhões de euros) e os Países Baixos (47 milhões de euros).
No entanto, em França, registou-se uma descida de 2% em termos de volume, “em ciclo com o mercado comunitário, que apresenta um decréscimo de 11,1% em volume”.
De acordo com o executivo, a quebra das exportações para o mercado comunitário foram compensadas com as destinadas aos países terceiros.
Citada no mesmo documento, a ministra da Agricultura defendeu que estes resultados refletem “o bom desempenho do setor, a sua capacidade de resiliência e adaptação, mas também as medidas que, a todo o tempo, o Governo apresentou em 2020” para minimizar o impacto da pandemia de covid-19.
Maria do Céu Antunes sublinhou que o ministério “teve um papel ativo, agiu rapidamente, criando previsibilidade aos viticultores e às empresas do setor”.
Para a titular da pasta da Agricultura é necessário “acautelar, com políticas públicas, os efeitos negativos desta pandemia no mercado e garantir que continuamos com o ritmo de crescimento que tínhamos antes desta crise”.