Quando novembro chega, a chuva vai caindo de forma mais constante e o frio intensifica-se. Com ele vem o cheiro das castanhas assadas, que se faz sentir, tanto nas ruas como nas casas. Uma vez que a hora mudou no final de outubro, os dias ficaram ainda mais pequenos e a tendência mantém-se. Por isso, a nossa sugestão passa por: sofá, mantas e bons momentos de leitura, proporcionados pelas novidades editoriais da Dom Quixote.
A primeira sugestão do mês é considerada o melhor livro publicado em Itália, no ano de 2022. Trata-se de “Tasmânia”, de Paolo Giordano, um romance sobre o futuro. “O futuro que tememos e desejamos, aquele que não teremos, que podemos mudar, que estamos a construir”, refere o Grupo LeYa, em comunicado. Trata-se de um romance “sensível e contemporâneo”, que aborda o tema do apocalipse em todas as suas nuances: as alterações climáticas, o terrorismo religioso, a cultura do cancelamento, a fragilidade da amizade, os casamentos desfeitos e a paternidade falhada, bem como, por detrás de tudo, a ameaça da bomba atómica. “O medo e a surpresa de perder o controlo são os sentimentos do nosso tempo e a voz terna de Paolo Giordano consegue expressá-los como ninguém”.
“A Rapariga nas Garras da Águia”, de Karin Smirnoff, é a proposta que se segue. No extremo norte da Suécia, uma busca por recursos inexplorados desencadeia uma corrida ao ouro, liderada pelo submundo do crime. Porém, não é a riqueza que leva Lisbeth Salander a Gasskas. É, sim, o facto de ter sido nomeada tutora da sobrinha Svala, cuja mãe desapareceu. Svala, “uma adolescente com dotes extraordinários”, está a ser vigiada. Mikael Blomkvist, a mãe, também está a caminho, para ajudar no casamento da filha com um dos políticos mais influentes da região. Com tudo a não correr como esperava, Blomkvist vê em Lisbeth Salander a última esperança. “Neste thriller de tirar o fôlego, o Norte gelado da Suécia será o palco onde Lisbeth, Mikael e a indomável Svala irão enfrentar uma rede de corrupção ligada à exploração de energias renováveis e combater a violência contra as mulheres, num ambiente político em que a extrema-direita está numa ascensão imparável”.
As crónicas de Francisco Seixas da Costa, em “Antes Que Me Esqueça – A Diplomacia e a Vida”, é a terceira sugestão. De 1975 a 2013, depois de ter estado colocado em Oslo, Luanda e Londres, o autor foi embaixador de Portugal na ONU, na OSCE, na UNESCO, no Brasil e em França. Durante os 38 anos em que exerceu a atividade diplomática, com uma passagem de mais de cinco anos pela política, foi testemunha próxima de acontecimentos como o 11 de setembro em Nova Iorque ou a Angola do tempo da guerra civil, interveio na negociação dos tratados europeus, esteve presente num trágico momento da vida de Israel e da Palestina, entre outros eventos e ciclos políticos que analisou e condensou neste testemunho, em formato de livro.