As paisagens de cortar a respiração, a natureza a perder de vista e um vasto património religioso e arqueológico aguçam-nos a vontade para partir à descoberta de um concelho onde os sentidos ganham novas dimensões.
É isso que pode esperar numa visita a Alijó: a simplicidade dos pequenos prazeres, a autenticidade dos lugares e das tradições e os costumes das suas gentes, que podemos encontrar em cada pedaço do território.
A paisagem mais agreste veste-se com afloramentos graníticos, onde a frieza da pedra se quebra com a riqueza da história, dos vestígios arqueológicos de elevado valor e interesse para a compreensão das origens dos povoados que ali se estabeleceram e que deixaram, gravadas nas rochas, os sinais da sua passagem, das suas crenças e das suas vivências.
É no Pópulo que podemos visitar um rico património religioso, nomeadamente a capela oitocentista de São Marcos, a Capela de Nossa Senhora da Boa Morte e o Cruzeiro, a Igreja Paroquial de São Sebastião. O património arqueológico tem como destaques o Castro do Pópulo, também conhecido como Castro da Touca Rota ou Castelo de São Marcos, e ainda a Necrópole Megalítica do Alto das Madorras, na Freguesia de Vila Verde. O Santuário de Perafita, datado de finais do século XVII, é um dos pontos a visitar. Composto por uma igreja barroca, a capela do Senhor dos Milagres e Calvário. Insere-se aqui ainda a Nascente de Água Santa, o Fontanário e a Casa dos Milagres, onde é possível encontrar uma das maiores coleções de ex-votos existentes em Portugal.
Mas estes são apenas alguns dos exemplos que podem encontrar ao longo do Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal. Alijó é montanhoso e granítico, é planáltico e fértil, e é também Douro Vinhateiro.
Mais a sul do Concelho, a paisagem muda no Planalto de Alijó e Favaios, onde se produz o famoso Moscatel, um vinho de sabor aveludado que respeita os métodos de produção tradicionais. Entramos no Alto Douro Vinhateiro, território classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade. Os vinhos são a essência cultural e a maior riqueza desta região. As vinhas em socalco são a razão pela qual a paisagem do Alto Douro Vinhateiro é considerada como uma das mais belas do mundo, exibindo o título de paisagem cultural viva e evolutiva.
A caminhada por trilhos rurais, com muros construídos em xisto e em granito, conduz-nos a diversos e privilegiados miradouros, que nos permitem assomar sobre os rios Douro, Tua, Tinhela e Pinhão. Nas margens e nos vales que ladeiam estes rios aflora a biodiversidade com espetacular beleza. Pequenos retalhos de cor e mantas de luz que constroem uma paisagem sempre em movimento, que pintam quadros únicos e irrepetíveis, que podemos observar dos miradouros, onde a leveza do olhar nos permite derrubar barreiras no espaço e no tempo, para ali permanecer a vaguear na imensidão do horizonte.
Ao todo, o Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal estende-se ao longo de 11 quilómetros de riqueza e diversidade que o convidamos a descobrir, a explorar e a sentir, passo a passo, entre a União de Freguesias do Pópulo e Ribalonga e a localidade de Perafita, na Freguesia de Vila Verde, na zona norte do Concelho.
