Em outubro de 1990 era constituída a BADANA – Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Raça Churra Badana. A Associação nasceu com a finalidade de representar os criadores da Raça ovina Churra Badana perante organizações oficiais e outras entidades públicas ou privadas acautelando e defendendo os interesses dos criadores. A 5 de Novembro de 1993 foi reconhecida a capacidade legal da BADANA para tomar a seu cargo o Livro Genealógico da Raça Ovina Churra Badana. Atualmente é uma voz ativa no que diz respeito à preservação da espécie, reunindo esforços para evitar a extinção da Churra Badana.
Com o objetivo de preservar o melhoramento da raça de acordo com as normas oficiais e legislação em vigor, a 5 de novembro de 1993 foi reconhecida a capacidade legal da BADANA para tomar a seu cargo o Livro Genealógico da Raça Ovina Churra Badana.
Devido aos poucos recursos financeiros não tem sido possível a esta Associação desenvolver grandes ações de promoção da Raça, estando neste momento limitados aos concursos pecuários, e aos apoios do Município onde está sediada a Associação (Macedo de Cavaleiros).
A BADANA oferece um acompanhamento nas ações relativas ao programa de melhoramento da raça e também apoio técnico relativo à burocracia que envolve os apoios à raça, por parte do Estado aos criadores.
A Raça Ovina Churra Badana está bem adaptada aos invernos rigorosos e verões quentes que predominam no distrito de Bragança. Está dispersa pelos concelhos de Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vila Flôr, Mogadouro e, possui um núcleo na Vidigueira, distrito de Beja.
Em termos de alimentação, fazem o aproveitamento dos restolhos e outros subprodutos da exploração, possuindo uma elevada capacidade maternal sendo também muito resistentes a anos de fraca disponibilidade de alimento.
A Churra Badana pode representar uma oportunidade de empreendimento para novos empresários da pecuária. Atualmente, a raça é explorada maioritariamente por pessoas com outras atividades, que têm na criação de ovelhas badanas um complemento aos seus rendimentos. A opção pela ovelha desta raça prende-se sobretudo pela sua rusticidade e resistência às condições edafoclimáticas.
A Raça Badana é explorada apenas na aptidão de carne, sendo a lã uma despesa que já não paga a tosquia e que é, neste momento, um resíduo para a exploração – uma vez que nem a um valor simbólico os criadores a conseguem vender.
A aptidão leiteira não é explorada comercialmente, poucos são aqueles que ordenham para fazer queijo, apenas para consumo próprio.
Neste momento, a raça possui um efetivo de 2.680 fêmeas e 95 machos inscritos em Livro Genealógico, caminhando a largos passos para a extinção. A BADANA sublinha a necessidade de incentivar os produtores criando mecanismos de apoio à raça que garantam qualidade de vida para os mais jovens. Além disso é importante um maior apoio à Associação, para que consiga continuar a trabalhar.
O número de animais tem vindo a decrescer de ano para ano, e a surgirem pequenos ‘tagalhos’, o que compromete seriamente o programa de Melhoramento da Raça. É urgente a intervenção do Estado Português para reverter esta tendência de modo a assegurar a continuidade deste património Genético Português.