A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) alerta para as situações de “grave insuficiência económica” nas famílias numerosas e pede que os apoios tenham em conta o número de dependentes a cargo.
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) pede ao governo para que a atribuição dos apoios diretos às famílias tenha “em conta o número de elementos do agregado familiar incluindo todos os dependentes”. Em comunicado, a APFN salienta que a prorrogação do apoio de 60 euros por família é “positiva”, mas “não dá resposta às situações de maior carência, por não ter em consideração o número de pessoas que constituem a respetiva família, devendo ser modulado para poder ser efetivo.”
A associação relembra que, de acordo com os últimos dados do INE de pobreza e exclusão social, “quase 40% das famílias compostas por dois adultos e três ou mais crianças estão em risco de pobreza, sendo as famílias numerosas um dos alvos mais vulneráveis à pobreza e à exclusão social.” Com a conjuntura actual, em que se verifica uma perda real de poder de compra, a APFN considera que os apoios são urgentes e devem dar “uma resposta efetiva aos problemas de extrema carência, que afetam de forma especial as famílias mais numerosas.”