A história da OMA (Oficina de Música de Aveiro) atravessa os últimos 20 anos, mas a vitalidade que transpiram hoje aponta para um futuro que nasce da motivação pelas artes. De portas abertas para formar novos músicos e aprimorar a técnica de quem já tem cultura musical, a OMA é um fervoroso centro criativo com diversos espaços, ferramentas de trabalho e a energia certa para desenvolver todo o tipo de artes e ensinar as mais diversas disciplinas, partilhando saber e cultura, expressão e imaginação.
A música é uma das nossas grandes paixões, mas poucos sabem explicar o porquê. Trata-se de algo intrínseco que parece que vem logo agarrado a nós desde que nascemos e que tende a aumentar de tamanho, incorporando novas formas à medida que os anos passam. Ninguém sabe como surge tal interesse que acaba por ser uma paixão que facilmente se torna num amor constante sem fim. A OMA ensina esta arte de emoções e vibrações que faz de acordes sentimentos e dos ritmos movimentos.
O espírito irreverente natural das artes impera entre as paredes da OMA. O ritmo ali vivido é outro, sentido em batidas por minuto e preenchido por notas musicais. Do rock ao jazz e até à música clássica e contemporânea – ali os estilos não são barreiras nem definições predefinidas, mas sim ensinamentos e motivações para se aprender qualquer instrumento.
Zetó Rodrigues é o diretor da escola e também professor, no entanto, a sua integração iniciou-se como aluno número 10, aquando a fundação da OMA, em 1997. Foi pelas suas palavras que nos recordou o início deste projeto, criado às mãos do ilustre saxofonista Fernando Valente e por Carlos Hilário, e apadrinhado pelo maestro António Victorino de Almeida e pelo incontornável Pedro Abrunhosa. Hoje, 22 anos depois, os valores mantêm-se, tornando a escola uma alternativa ao ensino mais erudito e com uma abrangência a diversos estilos musicais e instrumentos. “Escolha o instrumento que nós escolhemos o professor”, sublinhou Zetó Rodrigues, um dos lemas da OMA.
O retrato da música é desenhado e redesenhado de novas formas, o ensino de proximidade faz da OMA uma família unida em prol da mesma melodia, sem qualquer restrição de idade. A preparação do aluno é estimulada em duas vertentes: um caminho pedagogicamente mais livre, direcionado ao gosto e à técnica pessoal; e outro caminho mais profissional, com uma preparação mais rigorosa e com um plano de acordo com as exigências de entrada no conservatório ou no ensino superior.
Localizada junto à ria de Aveiro, as instalações da OMA contam também com uma pequena sala de espetáculos, devidamente equipada, oferecendo condições para criar e cruzar a música com outras artes. Mais do que uma escola, os eventos semanais dinamizados pela oficina, como ‘Meia de Música’, workshops, mostras e concertos, fazem da OMA um dos principais polos dinamizadores da cultura, em Aveiro.