Menos em Portugal. Derivado a uma vaga de calor com temperaturas excecionais na Europa, o mês de julho foi o mais quente alguma vez medido no mundo. Portugal escapou ao mês mais quente de sempre, com um verão de muito vento, nevoeiro e pouco sol.
O mês de julho é por norma o mais quente do ano. No entanto as altas temperaturas sentidas um pouco por toda a Europa este ano fizeram de julho de 2019 no mês quente alguma vez registado, superando o verão quente de 2016, ainda que por uma pequena margem. Países como a Holanda, a Alemanha e a Bélgica bateram o seu record absoluto de altas temperaturas e mesmo localizações como o Alasca, a Sibéria ou a Gronelândia, apresentam temperaturas muito acima do esperado, nesta altura do ano.
Num comunicado, o responsável da Corpenicus, Jean-Noël Thépaut, justifica este fenómeno indicando que “com a continuação das emissões de gases de efeito de estufa e o impacto global das temperaturas, os recordes continuarão a ser batidos”. Recorde-se que a vaga de calor de julho de 2016, superada este ano apenas por 0,04ºC, deveu-se à ocorrência do fenómeno El Ninõ, que fez aumentar as temperaturas globais. Importa salientar que, sendo a subida registada tão pequena, existe a possibilidade de outras organizações não chegarem à mesma conclusão que o programa Corpenicus.
No caso de Portugal, bem como em alguns pontos da Península Ibérica, as temperaturas estiveram bem abaixo do normal. A temperatura média no país esteve abaixo dos 30ºC, com dias de vento e nevoeiro a sobressair-se em relação aos dias solarengos, que caracterizam esta altura do ano. Segundo os dados do IPMA, a temperatura média não superou os 22ºC e a máxima ficou-se pelos 29ºC.