Turismo

Dia dos Castelos: 7 incríveis castelos que tem de visitar

Desde 1984 que o Dia Nacional dos Castelos se comemora em outubro. Inicialmente era celebrado no primeiro sábado do mês mas em 2003 estabeleceu-se o dia 7 como a data oficial. Ele tem como objetivo promover em todo o país iniciativas e atividades que visam a reflexão sobre o património fortificado.

Os castelos são testemunhos da memória da nação e representam uma importante referência arquitetónica, histórica, cultural e simbólica de um país. Estruturas arquitetónicas de fortificação com funções defensivas e, em alguns casos, residenciais, os castelos são uma imagem comum na paisagem, construções típicas de um país com séculos de uma história vibrante. Muitas das edificações, mais do que pela beleza, destacam-se pela sua imponência.

Atrações turísticas imperdíveis, nas cerca de duas centenas de génese medieval existentes em Portugal continental respiramos história, revivemos batalhas e damos rédea solta à imaginação. Conheça alguns dos mais belos castelos portugueses.

Castelo de Tomar

A sua construção iniciou-se em 1160 e destacou-se como monumento graças às novidades arquitetónicas trazidas pelos templários. Simultaneamente, foi construído o Convento de Cristo, considerado uma obra-prima de estilo manuelino.

O Castelo dos Templários e o Convento de Cristo em Tomar é um dos maiores legados monumentais da Europa deixados pela Ordem dos Cavaleiros Templários. Construído em 1160 pelo Grão-Mestre dos Templários, Gualdim Pais, o castelo apresenta elementos de arquitetura militar nos estilos românico, gótico e renascentista. Alguns autores apontam a presença de vestígios indicativos de uma estrutura militar anterior, que poderia remontar à época romana e que teria perdurado até à época islâmica, referindo a presença, no aparelho dos muros, de algumas placas decorativas, de cronologia visigótica ou moçárabe, provavelmente oriundas do sítio de Santa Maria dos Olivais, à margem esquerda do rio Nabão.

Castelo Leiria

Leiria é uma caixa de surpresas, no que diz respeito a destinos turísticos históricos, não só pela bacia hidrográfica do rio Lis, que é uma das zonas com maior densidade de achados arqueológicos do país, como também graças à sua história medieval.

O castelo é o principal ex-libris da cidade e atrai mais de 50 mil turistas todos os anos. A sua história conta diversas batalhas que foram definindo as fronteiras de Portugal, ao longo dos anos. A sua arquitetura continua a ser tema de estudo e as suas lendas são imortais na região.

Na época da Reconquista Cristã durante o seculo XII, esta região foi um ponto importante no que diz respeito à defesa do Condado Portucalense. Mais tarde, veio a ser um centro económico medieval com grande desempenho em consequência do variado comércio ali existente.

Castelo Almourol

Numa pequena ilha em Vila Nova da Barquinha, a meio do rio Tejo, ergue-se o enigmático Castelo de Almourol. Trata-se de um dos monumentos mais representativos da Reconquista Cristã e, ao mesmo tempo, um dos que melhor evoca a memória da Ordem dos Templários em Portugal. Não conhece? Reúna a família, parta à descoberta e prepare-se para uma aventura pela História de Portugal.

Erigido num afloramento de granito, a 18 metros acima do nível das águas, numa ilhota pertencente ao distrito de Santarém, o castelo de Almourol goza de uma aura de romantismo e mistério.

A sua história remonta às origens do reino de Portugal, à Reconquista Cristã da Península Ibérica, durante a Idade Média. Em 1129, quando D. Afonso Henriques conquistou Almourol, a fortificação já existia sob o nome de Almorolan.

Santa Maria da Feira

O Castelo de Santa Maria da Feira é um dos mais notáveis monumentos militares portugueses. A diversidade dos seus recursos defensivos utilizados entre os séculos XI e XVI faz dele uma peça única da nossa arquitetura militar. De inspiração gótica, mais parece saído de um conto de fadas. Imponente austero, da sua arquitetura bem preservada sobressaem as torres cimeiras com coruchéus e quatro pináculos a ornamentar. Os mais pequenos detalhes estão ali preservados como que a testemunhar que a história tem muito para deixar de herança às gerações futuras.

Sempre representou para a Feira, e para Portugal, um símbolo de identidade nacional. Ao longo da sua história, desempenhou várias funções: foi castro de ocupação romana, baluarte contra as invasões normandas, forte militar na época da Reconquista, sede de região militar, o grande centro político que levou à independência de Portugal e habitação de famílias reais e nobres.

Penedono

O Castelo de Penedono, também conhecido como Castelo do Magriço, é uma obra singular da arquitetura militar. O Castelo encavalita-se em penedia granítica. É pequeno mas invulgarmente alto, elegante e desafiador.

Trata-se de um castelo apalaçado de profunda reforma quinhentista, no entanto existe documentação sobre o castelo a partir de 960. O atual castelo com perímetro externo de cerca de 70 metros data do final do século XIV, com acrescentos na passagem do século XV para o XVI. No castelo de Penedono cuja planta se aproxima de um triangulo, são de realçar dois finos torreões com ameias ressaltadas e que ladeiam a porta de entrada num elegante jogo arquitetural

Montemor-o-Velho

Não há certezas devido à inexistência de documentos da época, mas existe a grande probabilidade que este seja o castelo mais antigo em Portugal. As primeiras referências ao castelo remontam ao século IX, quando Ramiro I das Astúrias e seu tio, o abade João do Mosteiro do Lorvão, o conquistaram, em 848.

Em 1064, com a conquista de Coimbra, Montemor-o-Velho passou em definitivo para as mãos dos cristãos, e terá sido Afonso VI de Castela que reedificou a estrutura defensiva. Na mesma época, foi fundada dentro das muralhas a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, muitas vezes reedificada nos séculos que se seguiram.

Com Afonso Henriques e Sancho I a estrutura da fortaleza seria reforçada, uma vez que Montemor manteve a sua importância geoestratégica depois da independência. O paço do castelo foi remodelado por ordem das infantas Teresa e Mafalda, que o transformaram num típico paço senhorial.

Silves

Este castelo monumental de cor vermelha foi edificado pelos árabes no século XI e é, na atualidade, um dos castelos mais bem conservados de toda a região do Algarve. O seu interior oferece fantásticas vistas panorâmicas sobre a vila.

O correr dos tempos, as catástrofes naturais e a incúria humana contribuíram para a deflagração do património que este castelo albergava.

Subsistem os vestígios da alcáçova do último rei mouro, torres albarrãs com passadiços, sobre arcos, de ligação às muralhas, bem como panos de muralha junto à Torre das Portas da Cidade, abertas em cotovelo como era costume muçulmano.

Resquício desses tempos primordiais é ainda a monumental cisterna abobadada, constituída por cinco arcos de volta inteira assentes em pilares quadrados com capacidade, segundo consta, para abastecer a cidade ao longo de um ano.