A Lonely Planet lançou a lista dos melhores destinos para visitar em 2020. Comece a preparar a mala e o seu guia de viagem, que a IN conta-lhe tudo.
Butão, Inglaterra, Macedónia do Norte, Aruba, Suazilândia, Holanda, Libéria, Marrocos e Uruguai são, por esta ordem, os dez melhores países para visitar em 2020. No guia deste ano, a Lonely Planet (a maior editora de guias de viagem do mundo) destaca, em particular, as melhores experiências de viagens sustentáveis, garantindo que os viajantes tenham um impacto positivo onde quer que escolham ir.
O Butão lidera esta lista. “Um pequeno pedaço de paraíso nos Himalaias”, é elogiado pela sua política de turismo rigorosa e taxas significativas, no sentido de minimizar o impacto dos visitantes. Este país é o único no mundo a atingir a neutralidade carbónica, assumindo ainda o desafio de se tornar, já no próximo ano, a primeira nação do totalmente orgânica.
Já a Inglaterra, que se podia pensar que é um destino tão conhecido, fica em segundo lugar sobretudo pela mais recente atração: o England Coast Path. A rota costeira mais longa do mundo é um projeto iniciado em 2014 e une diferentes rotas existentes até sinalizar um itinerário costeiro único de 4800 quilómetros.
Pela Macedónia do Norte não pode perder o bazar otomano em Skopje, a capital, nem deixar de fazer uma excursão ao lago Ohrid, um dos mais antigos e profundos do continente europeu.
Aruba, uma ilha pertencente às dissolvidas Antilhas Holandesas mistura uma evocação colorida da Holanda, com praias de águas transparentes e magníficos destroços para mergulho. No entanto, mais do que pela sua beleza, o destino é destacado pelo seu compromisso com a energia renovável, que será 100% implementada em todo o território em 2020, juntamente com a proibição total de plásticos e filtros solares.
A meio da tabela, a Suazilândia, apesar de ser um país agradável e rico em cultura e fauna, é um dos menos visitados em África. Um novo aeroporto e a melhoria das acessibilidades pode agora trazer-lhe finalmente os visitantes que merece.
Pensar em viajar até à Holanda é pensar em liberdade. Abril de 2020 será declarado Mês da Liberdade no país, que comemora 75 anos de liberdade após o final da Segunda Guerra Mundial. Esta comemoração será assinalada com diversos festivais em todo o país, que vale mesmo a pena ver.
Considerado um destino perigoso até 2016, a situação na Libéria mudou. Quem decidir visitá-lo ficará surpreso sua a riqueza natural e poderá avistar chimpanzés e hipopótamos-pigmeus no Parque Nacional Apo. Além disso, o país assinou um compromisso com a Noruega para interromper o desmatamento em 2020.
A Costa Rica tem uma aposta crescente no turismo sustentável. A vasta biodiversidade deste pequeno país atrai visitantes interessados em ver preguiças sonolentas em árvores, sapos de olhos vermelhos paralisando seus predadores e baleias no Pacífico. Os costarriquenhos compreendem a importância de preservar sua fatia do paraíso tropical e descobriram uma maneira de convidar outras pessoas enquanto vivem em harmonia com seus vizinhos – de formigas cortadeiras a onças. Noventa por cento da energia do país é criada por fontes renováveis e pode se tornar num dos primeiros países neutros em carbono em 2020. Os amantes de aventura podem caminhar em vulcões ou andar de tirolesa, enquanto aqueles que desejam o ‘tempo de mim’ podem desfrutar de retiros de ioga e Experiências de spa. O slogan vida pura é mais do que um ditado, é um modo de vida.
No próximo ano, Marraquexe será nomeada a primeira capital da cultura africana e esse já é motivo suficiente para visitar Marrocos. Mas se achar pouco, acrescentamos que este é um país cheio de paisagens e contrastes culturais, com museus interessantes, inúmeras conotações literárias, uma arquitetura rica e um vasto património cultural e gastronómico.
O décimo lugar é do Uruguai, que é apresentado como um “oásis de estabilidade e tranquilidade no meio de um ambiente continental mais agitado”. O país é democrático e progressista e aceitou os direitos LGTB, legalizou a marijuana e é líder em turismo sustentável.
Além de indicar os dez melhores países para visitar já no próximo ano, a Lonely Planet destaca também algumas cidades e regiões que não deve deixar escapar.
Salzsburgo, uma cidade austríaca, é considerada paragem obrigatória. O célebre festival de música da cidade, a cumprir 100 anos, é um dos motivos de atração. Ainda atendendo a celebrações, em Washington D.C., nos EUA, celebra-se o centenário da 19.ª Emenda, que concedeu às mulheres o direito de votarem. Em terceiro lugar na lista, o Cairo inaugura o aguardado Grande Museu Egípcio e esperam-se por isso muitos visitantes. Já Galway, na Irlanda, será Capital Europeia da Cultura e não é preciso dizer mais nada. Na Alemanha, a cidade em destaque é Bona, onde se celebram os 250 anos de Beethoven. A lista continua com cidades como La Paz, na Bolívia, Kochi, na Índia, Vancouver, no Canadá, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Denver, nos EUA.
Quanto a regiões, o destaque vai para a Rota da Seda. Do Quirguistão ao Uzbequistão, o guia sublinha o crescente interesse dos viajantes por estas paisagens, e sugere mais nove destinos. Le Marche, na Itália, Tōhoku, uma lufada de ar fresco em relação às multidões na capital nipónica ou, de volta aos EUA, o bicentenário do Maine.
Reserve ainda uns dias para visitar a ilha australiana Lorde Howe, que permite o acesso a apenas 400 visitantes de cada vez ou à província de Guizhou, na China, à zona de Cádiz, em Espanha, ao nordeste da Argentina, ao golfo de Kvarner, na Croácia, ou ainda à Amazónia.