É em 1980 que começa a aventura dos irmãos Chaves Alves, como os próprios assumem. Em 40 anos de atividade, a Vitrochaves transformou-se numa referência na transformação de vidro plano, estando já presente em mais de 20 países.
A Vitrochaves é, indubitavelmente uma referência no mundo do vidro, não só em Portugal, mas em todo o mundo. Que balanço faz desta aventura que começou na década de 80?
É verdade que foi uma aventura memorável, desde 1980 até à data, uma grande história que ao longo do tempo nos fez crescer e aprender muito. Durante estas quatro décadas fizemos tudo para elevar o nome da Vitrochaves e sentimo-nos muito honrados por estarmos presentes em quatro continentes, tendo feito vendas em 23 países.
São fortemente vocacionados para a transformação de vidro plano. Que exemplos pode dar aos nossos leitores para que percebam o tipo de trabalho para que estão vocacionados?
A Vitrochaves dispõe de dois centros de produção, um em Chaves e outro em Benavente, equipados com equipamentos tecnologicamente muito avançados, para responder às maiores exigências na atividade da transformação do vidro, nomeadamente na produção de vidro duplo (ISOLAR GLASS®), temperado (TEMPREX® e TERMEX®) e laminado (MULTIPACT®), assim como pintado e também serigrafado digitalmente (DECOREX®). Assim, fazemos todo o tipo de manufaturas em vidros de grande dimensão com processos automáticos, respondendo, desta forma, a grandes e emblemáticos projetos de vidro, no mundo.
Com maior incidência no mercado arquitetónico, dispõe de soluções para responder a qualquer necessidade do mercado. Como se alcança essa excelência e polivalência?
A Vitrochaves tem uma gama de vidros ISOLAR® própria, com soluções em vidro que respondem a todos os projetos arquitetónicos com as caraterísticas necessárias, que respeitam, desde a estética, caraterísticas técnicas, de segurança e acústicas, ajustadas às necessidades de cada edifício, sejam tipo residenciais ou de escritórios em todos os sistemas, tradicionais ou estruturais, tanto sistemas VEC vidro exterior colado como VEA vidros exterior agrafados e outros.
Este setor implica um investimento de ‘peso’ em equipamentos e tecnologia. No vosso caso, isso sempre foi uma prioridade? Quais os resultados?
Hoje em dia, para transformar vidro nas condições exigidas é necessário um forte investimento de forma contínua em equipamentos de alta tecnologia, afinal, nesta atividade é necessário um equipamento específico para cada tipo de manufatura. A Vitrochaves está equipada para fazer face a todo o tipo de trabalhos e manufaturas em vidro respondendo ao mercado nas melhores condições, daí a nossa força no setor.
Desta forma podemos hoje dizer que a Vitrochaves contribui para o volume nacional de exportações com quase 50 por cento da sua faturação de forma direta e indireta.
Foram a primeira empresa nacional a receber a certificação pelo seu produto. Este foi o reconhecimento merecido, à época?
A Vitrochaves foi a primeira empresa fabricante de vidro duplo e de vidro laminado a ter a certificação de produtos CERTIF desde 1994 nestes dois produtos. Atualmente temos também a certificação Cekal para mercados francófonos, com outras valências, incluindo o vidro triplo, com todas as soluções de selagem e de intercalares.
Quais os projetos mais desafiantes com que já se depararam?
Temos tido muitos projetos e cada qual o mais difícil de realizar. Orgulhamo-nos especialmente do aeroporto Schiphol, na Holanda, onde fizemos dois terminais; do Museu.
Distinguidos com o Estatuto PME Líder 2019, qual o próximo patamar a alcançar?
É com muito orgulho que vemos esta empresa a ser distinguida várias vezes com esta distinção, bem como a posição no ranking das 1000 maiores PMS nacionais, em que em 2017 éramos a empresa 762, e em 2018 passámos para o lugar 492, uma subida que muito nos honra e demostra a nossa forte e constante evolução, esperamos que no próximo ano com os dados de 2019, ainda seja melhor.
Que perspetivas têm para o ano de 2020? E no setor vidreiro em Portugal?
As nossas perspetivas para 2020, são de confiança e contínuo crescimento, mas o contexto europeu com a saída do Reino Unido, da União Europeia, pode abrandar visto as empresas portuguesas terem legítimas dúvidas como ficarão as taxas aduaneiras no futuro, nos produtos Vidro na entrada deste país.