Piloto português alcançou, este domingo, a sua primeira vitória de sempre em MotoGP. Miguel Oliveira venceu o Grande Prémio da Estíria, na Áustria, naquilo a que já descreveu de “pura corrida”, pois ultrapassou dois pilotos na última curva.
Foi uma prova imprópria para cardíacos. Mas valeu a pena para ver Miguel Oliveira a alcançar a sua primeira vitória de sempre em MotoGP. Uma corrida louca, que o piloto, natural de Almada, apelidou de “pura corrida”, onde ultrapassou dois pilotos na última curva para vencer com categoria o Grande Prémio da Estíria, em Spielberg, na Áustria.
Em conferência de imprensa, Miguel Oliveira explicou que as hipóteses de chegar ao pódio cresceram com a bandeira vermelha, mostrada aquando do incidente de Maverick Viñales.
“Fiquei contente por termos tido uma segunda hipótese e podido mudar o pneu da frente. Comecei com um de consistência média, mas não senti que fosse a escolha certa. Quando parámos mudamos para um duro. Senti-me de imediato melhor e isso permitiu-me andar na frente e lutar pelo pódio. Nas últimas duas curvas tirei apenas vantagem da luta diante de mim”, explicou.
Oliveira era sexto, quando a quinta prova da temporada foi interrompida, numa altura em que faltavam 12 voltas para o final. Maverick Viñales ficou sem travões antes de uma curva e teve de saltar da moto, a 227 km/hora. A moto acabou por bater na proteção da pista e incendiou-se de seguida, levando à interrupção da corrida.
No retomar, Oliveira (KTM) saltou logo para a quarta posição, chegou ao terceiro posto e depois foi esperar pelo momento certo para atacar e tirar partido da luta entre o australiano Jack Miller (Ducati) e o espanhol Pol Espargaró (KTM).
“Foi apenas corrida. Pura corrida! […] Aqui em Spielberg, nas duas últimas curvas, se um piloto estiver muito perto, pode tentar passar. E conhecendo o Jack e o Pol sabia que iriam lutar um pouco entre si. Esperei e preparei a minha trajetória por dentro e saída”
Piloto Miguel Oliveira
Antes de cruzar a linha de meta, aos 16.56,025 minutos, o piloto da KTM Tech3 nem sabia que essa era a última volta. Mas deixou Miller a 316 milésimos de segundo e Espargaró a 540 milésimos.
“Estava a ver se tinha a certeza de que era a última volta. Durante toda a corrida, nunca consegui ver onde estava o meu pit board [placa que envia instruções aos pilotos em pista], por isso não sabia se o quarto classificado estava mesmo perto de mim ou não. Por isso procurei ficar-me totalmente focado na frente da corrida”, revelou.
Com esta primeira vitória, naquele que foi o 150.º Grande Prémio da sua carreira, Miguel Oliveira sobre cinco lugares (está agora em 9.º) no Mundial de MotoGP. Tem 43 pontos e está a 27 do líder, Quartararo, mas a apenas seis da quarta posição, ocupada pelo italiano Andrea Dovizioso (Ducati).
A próxima etapa do Mundial de MotoGP, que vai terminar em Portimão, em 22 de novembro, está marcada para 13 de setembro, em Misano, em Itália, onde vai ser disputado o Grande Prémio de San Marino.
Imagens: Redes Sociais