Há 10 anos Isidro Vieira decidiu tornar-se um empreendedor e abriu a sua “própria empresa de construção”. Licenciou-se em engenharia civil na Universidade do Algarve, estagiou depois numa empresa da área e passou ainda por mais duas experiências profissionais. Neste momento, “com os altos e baixos de qualquer empresa de construção”, não tem dúvidas de que está no caminho certo.
“Em 2009 ninguém nos conhecia. Estivemos um ano apenas com obras mais pequenas, no entanto o objetivo sempre foi conseguir obras de raiz”. Isto porque, Isidro acredita que “nas remodelações” a empresa não era “muito competitiva”. Nos anos seguintes, conseguiram a obra de “algumas moradias” e começaram “a solidificar o percurso da Planetesboço”.
Entre 2012 e 2013 a empresa, à semelhança de outras, atravessou “problemas financeiros”, mas depressa se recompôs. Atualmente iniciaram a obra de raiz de um prédio e propuseram-se “mudar a sede para Portimão até ao final do ano”.
A Planetesboço é uma empresa que “trata de tudo, desde o esboço até à entrega da obra”. Na maioria dos casos, “o cliente chega até nós com um terreno, pede-nos o que quer e nós fazemos tudo ate à entrega da chave na mão”. Para poder dar resposta a todas estas necessidades, a empresa trabalha com “vários parceiros que nos permitem essas várias valências”. Isidro, neste momento, dedica-se “à gestão de obras e não aos projetos. É aquilo de que realmente gosto”.
Enquanto responsável por todas as fases de um projeto, a Planetesboço esforça-se por mostrar ao cliente “novas soluções em produtos e materiais, mais sustentáveis. Alguns clientes já ouviram falar destes novos métodos, já pesquisaram, mas ainda não os querem aplicar. Porque muitas vezes isso altera o projeto. E alguns deles já o trazem pronto”. A solução, avança, é que “estes materiais fossem sempre apresentados antes do projeto, para o investimento não ser perdido e ser bem direcionado”.
Com um leque de clientes maioritariamente portugueses e na sua generalidade consumidores finais, a Planetesboço tem, neste momento obras nos concelhos de Portimão e Lagoa. Nos últimos três anos “houve um crescimento substancia da empresa. De 2018 para 2019 situamo-nos nos 20 por cento de crescimento”. No entanto, alerta, “não é a faturação o mais importante, mas sim o equilíbrio entre a faturação e as despesas”.
Até ao ano de 2021 a Planetesboço espera “crescer, embora não tanto como até aqui. Estão a ser construídas muitas coisas neste momento que ficarão prontas nessa altura. De repente vai haver uma grande oferta e a procura vai diminuir”, alerta.