Nascido nos Estados Unidos, foi em Portugal e no Algarve que Brian Andresson passou a maior parte da sua vida, a trabalhar de sol a sol na construção, ao lado do seu pai. Na última meia década aventurou-se por conta própria e o volume de trabalho fez nascer a Brysson, uma das boas empresas de construção, que vem dando cartas no concelho de Loulé.
“Sempre trabalhei na construção desde o tempo do meu pai. Sou americano mas vim para cá com quatro anos de idade. Em 2002 a crise no Algarve foi muito forte, o meu pai foi para Angola em 2010 trabalhar e eu comecei a colaborar com outras empresas, sempre no setor da construção civil”, introduz desta forma Brian Andresson, quando questionado pela IN Corporate Magazine a propósito do seu percurso profissional.
Os anos de 2008 a 2014 não foram necessariamente positivos para a construção em Portugal, mas isso não impediu Brian de desenvolver o seu trabalho até que em 2015, quando este setor de atividade estava novamente em alta, decidiu formar a sua própria empresa, com o nome Brysson. “O volume de trabalho foi aumentando de ano para ano e criar uma empresa foi um passo estratégico necessário. Hoje temos 15 funcionários, trabalhamos com subempreitadas, todos eles com experiência e qualidade comprovada. As pessoas comentam que é difícil encontrar mão-de-obra especializada e pessoas que queiram trabalhar no Algarve, mas eu não concordo. Há imensas pessoas qualificadas e com vontade de trabalhar no Algarve, mas essas pessoas exigem e merecem boas condições. Por isso é que 80 por cento da minha equipa é portuguesa, porque eu valorizo os meus funcionários e não tenho problema em investir em pessoas com qualidade”, garante o empresário.
Dar cartas no Algarve
Quem acompanha o trabalho da Brysson, sabe que a empresa é 100 por cento dedicada à construção civil, da construção nova à reabilitação. “Até demolições fazemos”, vinca Brian Andresson. Nestes cinco anos de atividade, existe um grande foco na reabilitação de edifícios, sobretudo no concelho de Loulé, com destaque para as zonas de Boliqueime, Quinta do Lago e Vale do Lobo. Comummente denominado de “triângulo dourado” do Algarve, não admira que 90 por cento dos clientes da Brysson sejam estrangeiros, sobretudo ingleses.
Trabalhando para um segmento médio-alto, a Brysson trabalha para clientes com poder de compra que valorizam a qualidade do projeto. Brian Andresson faz questão de realçar que “temos um passa-a-palavra muito forte e somos muito recomendados pelos nossos clientes. Eles preocupam-se com o preço, mas já aceitaram projetos meus, onde o meu preço era o mais elevado. Trabalho para um nicho de mercado onde a qualidade é que conta”.
Uma questão que está na ordem do dia prende-se com a utilização dos novos métodos de construção, numa altura e que o LSF começa a ganhar nome em Portugal. Derivado do seu know how a trabalhar com todo o tipo de métodos e materiais de construção, para Brian os novos métodos são positivos, apresentam qualidade quando utilizados de forma correta, embora a construção tradicional, em betão e alvenaria, continue a ser a que melhor garantias dá em termos de qualidade. “As casas tradicionais têm largas décadas de existência, estão de pé e vão continuar.
“Sou o primeiro a chegar e o último a sair”
O boom na construção civil veio alargar o número de players no mercado, o que não preocupa de todo o administrador da Brysson, que considera a concorrência mais que bem-vinda, embora saliente que a sua única preocupação é interna e para com os clientes. “Muitos tentam criar o seu próprio modelo de negócio, mas depois vêm bater à nossa porta para entregar sub-empreitadas. Há empresas mais fracas mas também há empresas a trabalhar muito bem e essas são uma mais-valia para o Algarve. Pessoalmente, tento fazer o meu melhor todos os dias. Estar presente, acompanhar o cliente, garantir que trabalhamos com qualidade. Sou o primeiro a chegar e o último a sair neste trabalho. Se um colaborador não poder trabalhar, eu próprio vou substitui-lo, toda a vida trabalhei em obra e não é agora que vou ter problemas com isso. Posso garantir que todos os dias fazemos o nosso melhor”.
Entrando em força com 2020, objetivo para este passa por dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos cinco anos, introduzindo nesta fase a engenharia, no leque de serviços da empresa. Se de 2018 para 2019, a Brysson apresentou um índice de crescimento na ordem dos 50 por cento, para 2020 o objetivo passa por crescer 100 por cento. “As cartas estão na mesa, temos mais um complemento, temos trabalho, parceiros, acredito que vamos lá chegar”, finaliza o construtor.