O atual restaurante do chefe João Oliveira, que conseguiu uma estrela Michelin há dois anos, tem um menu digno do nome. A IN Corporate Magazine foi viver uma experiência única no restaurante Vista, mesmo em frente à praia da Rocha, em Portimão.
O Bela Vista Hotel & Spa pode ter nascido no interior de um palacete de 1918, mas apenas a decoração – da responsabilidade de Graça Viterbo – faz passar esse espírito centenário. A unidade hoteleira de cinco estrelas, de onde se vê a falésia da praia da Rocha, em Portimão, faz jus ao nome, ao requinte e à sofisticação. E o seu restaurante, com o devido nome ‘Vista’, tem uma estrela Michelin a acompanhar.
Foi em 2017 que o Chefe João Oliveira, de 33 anos e natural do Porto, conseguiu esse feito. Ele que já tinha passado por outros restaurantes premiados, como o Yeatman, elevou a ementa, inspirada na cozinha nacional e mediterrânica, respeitando os sabores originais e a frescura dos ingredientes.
A cozinha apresenta-se criativa e sofisticada e foi isso mesmo que a revista IN foi (com)provar ‘in loco’. O menu escolhido foi o Vista, com umas ligeiras alterações para termos uma noção mais alargada do toque gastronómico do chefe.
Antes tivemos a honra de visitar a cozinha – remodelada no início de 2019 -, apesar de não termos feito a reserva para estar lá sentados a ver a equipa a trabalhar (como os clientes interessados podem fazer), ainda vimos a garrafeira do restaurante. “90 por cento da carta é vinho português. Os clientes normalmente gostam de Douro, Alentejo e vinhos verdes. Mas tento puxar para Dão e Bairrada”, contou-nos Luís Nunes, chefe de sala.
Já na sala do restaurante, pudemos experimentar um menu com três amuse-bouche; carabineiro do Mediterrâneo com ostras e pepino; azevia com aipo e amêijoa; Wagyu (carne de vaca do Japão), em vez do borrego que costuma constar no menu Vista; laranjas do Algarve e mel de sobremesa, além de petit fours.
Para recuperar o palato, nada como um pão acabado de fazer, manteiga fumada com pinho e flor de sal e azeites de Ferreira do Alentejo da marca DCP (Daniel Proença de Carvalho), que é proprietário do hotel.
A harmonização de vinhos completou tudo graças ao verde Quinta da Pedra Alvarinho 2015 (com a acidez necessária para acompanhar o carabineiro com gambas do Algarve, tártaro de ostras, pepino e tomate verde com lulas); ao branco Chocapalha (para a azevia com puré de aipo, maçã verde, picle de mostarda e amêndoa verde e molho de amêijoas e salsa); ao Quinta de Lemos (tinto do Dão) que ficava mais frutado com o bife Wagyu e ao Villa Oeiras para os doces.
Aqui, o elogio tem de ser dirigido ao chefe pasteleiro Carlos Fernandes. A sobremesa de laranja foi um tributo ao Algarve, mas a do mel tem todo um simbolismo, já que é de um produtor de Monchique que ficou sem colmeias nos fogos de 2017 e 2018.
Se mesmo assim não ficou convencido, saiba que também tem um menu vegetariano, criado recentemente e que é servido com chá frio e infusão. Uma coisa é certa: se for ao Vista, será INesquecível.