Mercê da sua disposição em encosta, partindo do topo de um outeiro em direção ao vale, há muito que Alenquer conquistou o epíteto de “Presépio de Portugal”. Berço de Damião de Goes e predileta de Camões, desempenhou papel preponderante em cada época da história. Testemunho disso mesmo é o seu riquíssimo património: sítios pré-históricos, castelos, conventos, igrejas, ermidas, quintas e casas senhoriais. O caminho de Santiago é um dos testemunhos do Património Alenquerense.
Incluído no Caminho Português Central o concelho de Alenquer tem apostado na valorização do seu caminho. Este troço limita-se a uma curta extensão completamente plana de aproximadamente 2,4 km, numa estrada secundária que liga os concelhos de Vila Franca de Xira a Azambuja, além disso o caminho coincide na íntegra com o Caminho de Fátima. Por curiosidade, o km que indica que o peregrino está a 100 km de Fátima, situa-se exatamente dentro do Alenquer, o que pode marcar um momento importante do próprio caminho. Nos últimos anos o município tem reforçado o projeto do Caminho de Santiago ali presente, marcando o caminho nos termos legais – na entrada e saída do concelho -, assim como reforçar a informação no km 100. No único entroncamento existente no caminho, na direção da vila do Carregado, pretende-se incluir uma placa de sinalização de serviços na proximidade como forma de apoio a qualquer necessidade mais urgente existente.
Este trajeto tem aproximadamente 2,4km e é completamente plano, vendo-se do lado direto o Rio Tejo e a Central Termoelétrica do Ribatejo e do lado esquerdo a vila do Carregado, um aglomerado urbano já significativo.
No caminho apenas é visível a linha do Norte do Caminho de Ferro, relembrando o facto de que o primeiro troço desta via, inaugurado em 1856 pelo Rei D. Pedro V, foi exatamente este que passa por Alenquer (Lisboa-Carregado), sendo o primeiro troço ferroviário a ser aberto ao público. Pode igualmente ser vista a antiga Central de Fuelóleo do Carregado e a atual Central Termoelétrica do Ribatejo, importantes centros de produção de energia elétrica do país e que marcam de forma imponente a paisagem. Na curta distância do caminho está assinalado o local da Mala-posta, que desde 1758 funcionou a partir desta localidade, como uma diligência que fazia o serviço de transporte de passageiros e da mala do correio.
Para descansar os caminheiros poderão pernoitar numa série de alojamentos locais existentes na proximidade, vila de Alenquer, a preço reduzido. Existe igualmente um pequeno espaço entregue a uma Associação local que gere os Caminhos de Fátima e que está disponível para os receber a custo ainda mais reduzido. A deslocação ao local obriga à utilização de transporte em viatura dado ser um desvio superior a cinco km.