Património natural e edificado, tradições, boa mesa. Atravessar Ponte da Barca é uma experiência única. Das margens do Rio Lima aos mosteiros. Devagar, como se quer.
O percurso primitivo que atravessava o território de Ponte da Barca era tipicamente um caminho “antigo”, a meia-encosta, mas que aproveitava também os baixos relevos envolventes ao rio Vade. Atualmente, o caminho original estará parcialmente descaracterizado pela EN 101, não se coadunando com a segurança dos caminheiros. Com ligeiras modificações, mas sem perturbar a essência do caminho “antigo”, o percurso é marcado pela natureza: regatos, manchas de carvalhos, vidoeiros e choupos, e ainda as leiras agrícolas. O caminho é fácil e realizado em estradas municipais pavimentadas.
Ao longo do Caminho encontramos o Mosteiro de S. Martinho de Crasto (MN), a Casa da Torre de Quintela, a ponte medieval sobre o rio Vade e o centro histórico de Ponte da Barca: a Igreja Matriz (MN), a Igreja da Misericórdia e o seu antigo Hospital, a Capela da Sra. da Lapa, o Jardim dos Poetas, o Pelourinho, o Mercado Pombalino e a grande ponte medievo-moderna sobre o rio Lima.
Existem vários alojamentos e hotéis ao dispor do descanso do caminheiro: Hotel Côto do Gato, Casa d’Auleira, Na-Bé Lavender Lodge and Spa, Quinta Olívia, Quinta da Mata, Hotéis Fonte Velha e Poetas, Casa Victoria ou Casa do Correio-Mor.
Há vários anos que o município de Ponte da Barca considera que os antigos troços viários – romanos, medievais e modernos – devem ser valorizados pelo seu papel fundamental no desenvolvimento dos territórios ao longos dos séculos. Não apenas o troço viário medievo-moderno principal, que partia de Bracara Augusta, e que hoje, neste projeto específico, designado de Caminho Minhoto Ribeiro, mas muitos outros eixos secundários que rasgavam o território barquense, unindo o vale do Vade ao rio Lima, aos Mosteiros, às pontes medievais, às montanhas de Lindoso, da Serra Amarela e ao seu Castelo raiano.
Antecipando a ativação futura deste Caminho principal, em 2015, no âmbito de uma candidatura, foi possível restaurar a ponte medieval sobre o rio Vade. No alcance do mesmo projeto foi possível criar os conteúdos programáticos do Centro Interpretativo de Ponte da Barca, o Núcleo Interpretativo do Castelo de Lindoso e ainda sinalética para os Monumentos Classificados.
Mais recentemente, graças à preciosa colaboração científica do Doutor Carlos Alberto Brochado de Almeida, foi possível delinear com bastante precisão o percurso que atravessa o concelho de Ponte da Barca.
O esforço último do município de Ponte da Barca é que o Caminho seja reconhecido pela tutela como Caminho Oficial de Santiago, e assim integrar uma legítima rede de caminhos jacobeus.
Pretende-se de futuro a associação deste Caminho com os outros trilhos e percursos existentes no concelho, bem como a possibilidade de colaborar na construção de um albergue em Ponte da Barca, caso seja necessário.