De forma a existir uma distribuição do impacto positivo da maior cimeira de tecnologia do mundo na economia do país, uma investigação encomendado pelo Ministério da Economia à Universidade do Minho sugere a criação de microeventos, fora da cidade de Lisboa, para tornar o evento cada vez mais português.
O estudo encomendado à Universidade do Minho concluiu que a cimeira criou um valor acrescentado bruto de 44,4 milhões e 73,1 milhões de euros, em 2016, e entre 58,4 milhões e 96,2 milhões, em 2019. Adicionalmente, estes traduziram-se num acréscimo de receitas fiscais entre 18,6 e 30,7 milhões de euros em 2016 e entre 24,9 e 41,1 milhões de euros em 2019.
Reconhecendo o impacto positivo para a economia do país, os investigadores salientam que os efeitos são maioritariamente sentidos na zona de Lisboa, onde se realiza a Web Summit, ressaltando que seria benéfico distribuir geograficamente estas ações, para haver uma maior estimulação das outras zonas do país.
Acrescentam também que o apoio estatal do evento deve ser condicional à manutenção do seu caráter internacional e de aprendizagem. Esta conclusão é pertinente considerando que os ganhos para as empresas nacionais se centram essencialmente no estabelecimento de contactos, prova de conceito e ganho de visibilidade.
As empresas, também têm ganhos decorrentes da Web Summit, dado que a generalidade destas não participa na cimeira para recrutar recursos humanos.
Nesta perspetiva, o estudo encomendado pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia salienta a necessidade de garantir uma evolução favorável do mercado de talento local. Torna-se, igualmente, relevante simplificar processos como o Tech Visa, um programa de certificação de empresas tecnológicas e inovadoras para efeitos de concessão de visto ou de autorização de residência, e assegurar uma maior articulação na correspondência entre investidores e empresas.