É bonita e urgente – sim, “é urgente o amor” como escreveu Eugénio de Andrade – a premissa para a programação de 2022 deste equipamento cultural do Porto.
“Que seja infinito enquanto dure” celebrizou Vinicius de Moraes do outro lado do Atlântico as contradições daquela que é talvez a mais celebrada forma de amor. Ou a que mais se manifesta nas várias formas de expressão artística. Afinal quem nunca ficou preso à tela (grande ou pequena) enquanto via a formação do par romântico num filme. Ou sentiu que aquela música era a companhia perfeita para um momento de “desamor”.
O amor assume várias formas, há “o amor à pátria, amor de mãe, amores trágicos, amores ilícitos, ou, segundo a moral vigente no tempo, criminoso, até”, disse, na apresentação do programa aos jornalistas o diretor artístico da Casa da Música citado pelo portal VisitPorto. Mas para António Jorge Pacheco esta é também uma forma de combater a “viralização” do discurso de ódio. Um sentimento com que muitos certamente se identificam. A sala de espetáculos interrompe assim este ano a programação assente num país para se basear num “sentimento universal”.
A abertura oficial do “Ano do Amor” é feita pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música dirigida por Stefan Blunier. Destaque ainda para a programação do festival temático “If Music Be the Food of Love” que acontece até 23 de janeiro e marca o arranque da programação a 9 de janeiro. Toda a programação está disponível no site da casa da Música em www.casadamusica.com