António Costa repete feito apenas conseguido por José Sócrates. Restantes partidos de esquerda são fortemente penalizados. Chega torna-se terceiro maior grupo parlamentar. Iniciativa Liberal alcança resultado histórico enquanto o CDS desaparece da Assembleia da República.
Pela segunda vez na história da democracia portuguesa o Partido Socialista alcançou uma maioria absoluta. Depois de José Sócrates o ter conseguido em 2005, António Costa repetiu o feito neste domingo. Isto depois de seis anos de governação com o apoio dos partidos de esquerda. Estes foram os mais penalizados nestas eleições, vendo reduzidas dramaticamente as suas bancadas parlamentares. O Bloco de Esquerda perdeu 14 deputados, ficando com apenas cinco; já a CDU viu a sua representação ficar reduzida a metade – na prática o PCP ficará com seis deputados. Como já era esperado, o Chega cresceu e, apesar de nas maiores cidades (Lisboa, Porto e Braga) ter ficado atrás da Iniciativa Liberal, conseguiu mesmo tornar-se o terceiro partido com maior representação na Assembleia da República (12 deputados). O Porto continua a ser o território mais difícil para o Chega – na cidade Invicta, o partido de André Ventura não conseguiu ir além do sexto lugar. A Iniciativa Liberal teve também um excelente resultado, fruto sobretudo do voto urbano, o que lhe garantiu oito deputados.
Lugar ainda na Assembleia da República para o PAN, que viu a sua bancada reduzida a apenas um deputado, deixando assim de ter um Grupo Parlamentar. E também para Rui Tavares, líder do Livre, partido que recupera o seu lugar no Parlamento, depois do desentendimento com Joacine Katar Moreira.
Pior sorte teve o CDS-PP que, ao fim de 47 anos, deixa de estar representado na Assembleia da República. Francisco Rodrigues dos Santos não conseguiu ser eleito e pediu a demissão da liderança de um partido cujo futuro é agora bastante incerto.
Já Rui Rio deixou bastante claro que não vê como poderá ser útil ao PSD, neste quadro de maioria absoluta do PS. Pelo que nos próximos tempos deveremos voltar a ter uma disputa pela liderança Social Democrata, já sem o atual líder na corrida.
Falta validar ainda o resultado dos círculos estrangeiros (Europa e fora da Europa), os quais atribuem dois deputados cada. Habitualmente distribuem-se por PS e PSD, mas não terão impacto na maioria absoluta Socialista.
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