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Dia Internacional da Proteção de Dados: reforçar a segurança em tempos de pandemia

A cada segundo a nossa informação pessoal é processada nos mais variados contextos: quando navegamos na internet, vamos às compras, no trabalho ou nas relações com o Estado. O cibercrime aumentou durante a pandemia, sendo os governos e a administração pública os mais visados.

O Dia Internacional de Proteção de Dados é comemorado desde 2006 e foi instituído pelo Conselho Europeu. Celebra-se a 28 de Janeiro para assinalar o aniversário da “Convenção 108” criada em 1981 que determina “a proteção das pessoas relativamente ao tratamento automatizado de dados de carácter pessoal”. Em 2018 o documento foi revisto para dar resposta aos desafios de um mundo cada vez mais interligado na era digital.

A data é aproveitada para lembrar a importância da proteção de dados e do que podemos fazer para salvaguardá-los. Com a pandemia houve um aumento do tempo passado online em teletrabalho ou em lazer, o que nos tornou mais vulneráveis. Mas as empresas e organizações que operam com um sistema de trabalho à distância” têm sido as mais visadas, lê-se na página do Parlamento Europeu.

Segundo a Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA), citada pela mesma página, entre abril de 2020 e julho de 2021, o principal alvo de ciberataques foi a administração pública/governo (198 incidentes relatados); os prestadores de serviços digitais (152 incidentes); o público em geral (151 incidentes); os cuidados de saúde/bem-estar (143 incidentes) e o setor financeiro/bancário (97 incidentes).

O ransomware que consiste num software malicioso, criado para impedir que um utilizador ou organização aceda aos arquivos do computador, e em que se exige um pagamento de resgate para devolver esse acesso, “é a ameaça mais preocupante no momento”. Estima-se que em 2021 os custos globais devido a este crimetenham atingido “os 18 mil milhões de euros, ou seja, 57 vezes mais do que o valor verificado em 2015”.

A União Europeia deixa um conjunto de recomendações para os cidadãos se protegerem online. Até porque segundo a ENISA, “76% dos europeus acreditam que estão perante um risco crescente de se tornarem vítimas de cibercrimes”.

Estar atento a e-mails, SMS e chamadas desconhecidos, “sobretudo se o interlocutor usar a crise para pressioná-lo a contornar os procedimentos normais de segurança”. Fortalecer as palavras-passe, preferindo palavras longas e complexas com números, letras e caracteres especiais.

É ainda importante proteger a rede doméstica, fortalecendo a palavra-passe inicial da rede Wi-Fi e limitar o número de dispositivos conectados à rede, aceitando apenas os de confiança. Proteger o equipamento e assegurar a atualização de todos os sistemas e aplicações e de um software de antivirus. E estar atento a quem o rodeia, já que as crianças e outras pessoas podem, acidentalmente, apagar ou alterar informação, ou até infetar o dispositivo que usa para o trabalho.