O concelho de Gavião situase num enclave entre o Alentejo, o Ribatejo e a Beira Interior, o que lhe confere características únicas que resultam num potencial cultural e turístico. O Município apresenta-nos o novo percurso pedestre PR8-Rota da Sirga, e deixa-nos ainda outros destaques a não perder numa visita a Gavião.
Gavião possui um património vivo e ativo! Destacando-se o Museu do Sabão, único no país, não descurando o Castelo de Belver e o seu Centro Interpretativo localizado na Torre de Menagem ou o Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias de Belver que é referência das artes locais.
Numa vertente da estruturação do produto Turismo de Natureza, que tem particularidades muito concretas, e que tem sido desenvolvido, nomeadamente na criação de percursos quer para pedestrianismo, quer para “birdwatching”.
Prova disso é o novo Percurso Pedestre (PR8) “Rota da Sirga” acompanhado, na sua totalidade, por uma visão deslumbrante sobre o Rio Tejo.
O PR8–Rota da Sirga é um percurso pedestre linear de pequena rota (6,5km), que faz a ligação entre o PR1–Arribas do Tejo através do famoso Passadiço do Alamal, ao PR 2–Corredor Ecológico das Ribeira de Alferreireira e Barrocas.
Parte do percurso, é feito sobre os muros de sirga, construções em alvenaria de pedra seca, construídos nas margens do rio, junto aos cachões, canais de águas revoltas, num tempo já passado, em que o rio
corria em fúria para o mar. Os caminhos de sirga são testemunhos da tenacidade do homem em ultrapassar os elementos da natureza, tinham como objetivo principal rebocar os barcos que tentavam subir o rio, a partir das margens, com um cabo de sisal (sirga), puxado pela força do homem ou recorrendo, onde isso se tornava possível, à força de animais.
A galeria ripícola por onde se desenvolve o percurso é de uma riqueza única, composta por freixos, amieiros, vimieiros, salgueiros, entre outros. A paisagem natural é complementada pela intervenção humana, com a plantação de olival em calçadas, muretes de pedra seca que formam pequenos terraços nas encostas que recolhem a água e que facilitavam a colheita da azeitona.
As margens do Tejo albergam ainda duas importantes colónias de grifos, abutres de grande porte, de aspeto pré-histórico, necrófagos na sua alimentação, que observam sobranceiros quem percorre o trilho, do alto dos penhascos rochosos das margens do rio. Abandonam as fragas onde nidificam quando o sol raia, à procura de correntes térmicas ascendentes, permitindo observar o espetáculo do voo circular dos bandos locais.
Venha conhecer o encanto do novo Percurso Pedestre de Gavião!
Museu do Sabão
Local muito representativo da história da vila de Belver, uma vez que no século XVI a produção de sabão assumiu inegável importância económica e social na região. Onde também se contam as histórias que os antepassados foram deixando e que também testemunham as memórias dos “saboeiros de Belver”. É o único Museu do Sabão em Portugal, fazendo parte de uma lista de 4 a nível mundial.
Considerado pela National Geographic como “local de visita obrigatória”, neste lugar conta-se a história do sabão no mundo desde o seu aparecimento na mesopotâmia ao seu papel no Egito, até à sua utilização nos dias de hoje.
Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias de Belver
Este museu tem como função primordial preservar a memória desta unidade de produção de tecelagem artesanal, recuperado e transformado do edifício da fábrica de Carpetes, Colchas, Tapetes e Linhos, salvaguardando um saber único que apenas aqui pode encontrar.
É um museu bastante interativo onde poderá conhecer e vivenciar o ciclo da lã, bem como o do linho.
Castelo de Belver
Um dos primeiros castelos defensivos erigidos pela Ordem dos Hospitalários em território português, traduzindo uma viragem na vocação marcadamente assistencial desta Ordem que assim assume, através da doação da vasta Herdade de Guidintesta pelo Rei D. Sancho I, em 1194, a defesa e povoamento do território ao longo do Tejo.
A localização do Castelo de Belver no topo da colina privilegia uma vista de deslumbrante panorâmica sobre as águas do Tejo.
Passadiço do Alamal
É “lado a lado” com o Castelo de Belver que se caminha por este passadiço. Liga a praia do Alamal com a ponte de Belver, um trajeto calmo e tranquilizante para todos os que ali passam.
Este faz parte do Percurso Pedestre–PR1 “Arribas do Tejo”, em que o itinerário segue as arribas do Tejo envolvendo as freguesias de Gavião e Atalaia. A paisagem é estonteante, junto ao Rio Tejo, e o percurso é cheio de surpresas com o cantar das aves que vivem livres na floresta envolvente.
Praia Fluvial do Alamal
De entre os vários encantos que o local dispõe, a vista privilegiada sobre o Castelo de Belver é sem dúvida um dos maiores deslumbres aos olhares mais curiosos. A envolvente natural que acolhe o
local exibe uma beleza única num ambiente de calma, tranquilidade e sossego. De registar ainda as excelentes condições para a prática de desportos aquáticos, pesca e atividades ao ar livre.