Entre os dias 6 e 7 de junho, a prática do cinema em Portugal será debatida no “Novos Encontros do Cinema Português”, que realizar-se-á no Batalha Centro de Cinema, no Porto. Educação, Produção, Crítica e Distribuição e Exibição serão os temas debatidos neste encontro.
O Batalha Centro de Cinema, no Porto, regressa com uma iniciativa que, há 56 anos, discutiu “os problemas económicos e técnicos com os quais o cinema se debatia e acabou por dar origem, anos mais tarde, à criação do Centro Português de Cinema e a nova legislação para o setor”, refere a agência Lusa. A “Semana do Novo Cinema Português” – assim se intitulava o evento – passa, hoje, a ser os “Novos Encontros do Cinema Português.
Decorrendo entre dia 6 e 7 de junho, o evento volta a acontecer no Batalha e realizará um conjunto de debates que irá discutir a prática atual do cinema português. Para além da contribuição do batalha para realização deste encontro, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Clube Português de Cinematografia – Cineclube do Porto também são responsáveis pela sua organização, tal como aconteceu em 1967.
O programa dos “Novos Encontros do Cinema Português” apresenta quatro painéis com temas distintos, estando presente, em cada um, um investigador da área do cinema, que irá apresentar as suas conclusões do trabalho realizado nos últimos meses e moderar as mesas de debates: Carlos Natálio integra o painel da Educação, Mariana Liz o da Produção, José Bértolo entra no da Crítica e, por fim, Paulo Cunha integrará o painel da Distribuição e Exibição.
Os participantes dos debates serão representantes do setor, sendo estes associações, produtoras, festivais, distribuidoras de cinemas, professores universitários e jornalistas. “É uma conversa alargada, é uma conversa sobre o setor independente. É uma conversa informadora de políticas, perspetivas e práticas e condições. É a voz do setor não institucional”, explicou o diretor artístico do Batalha, Guilherme Blanc, à agência Lusa.
Este encontro pretende incentivar as pessoas a questionar e a conversar sobre o prática do cinema em Portugal, realizando também um “´estado de arte´ sobre o setor”, acrescentou o diretor artístico.
Apesar de ter sido realizado o convite, não estará presente nenhum representante do Ministério da Cultura ou do Instituto do Cinema e do Audiovisual.
No fim deste encontro os organizadores esperam chegar a “um conjunto de conclusões, mas não podemos antevê-las. É um encontro resumo, de indagação e de estudo. Que as pessoas se possam debruçar sobre essas conclusões que nós também não sabemos quais são”, afirmou Guilherme à agência Lusa.
Já estão confirmados mais de cem espectadores, o evento é de entrada gratuita e ainda poderá levantar o bilhete no próprio dia, a partir da 09:30 horas.