No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, uma das propostas de leitura sugerida é o livro “Sobre as Mulheres”, de Susan Sontag. Esta obra literária, composta por textos escritos há quase 50 anos, gira em torno da questão feminina e demonstra ser intemporal pela importância que ainda tem na atualidade.
“As mulheres têm outra opção. Podem aspirar a ser sábias e não apenas simpáticas, competentes e não apenas prestáveis, fortes e não apenas graciosas”. Estas sapientes palavras dão o mote para mergulhar nesta considerável amostra da escrita de Susan Sontag à volta da temática da mulher.
Ao fim de quase cinquenta anos depois de terem sido redigidos, os textos que fazem parte de “Sobre as Mulheres” não envelheceram, nem perderam a pertinência. No seu todo, demonstram a exatidão histórica, a firmeza política, a persistente curiosidade e a recusa de simplificações.
Ao longo dos sete ensaios, das entrevistas e de uma troca pública de argumentos, a autora aborda temas relevantes ainda para os dias de hoje, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que vão envelhecendo, a relação existente entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema, entre outros.
“As mulheres deviam deixar que os rostos mostrem as vidas que viveram. As mulheres deviam dizer a verdade”.
Susan Sontag nasceu em 1933, em Nova Iorque, cidade onde viria a falecer em 2004. Ao longo da vida, foi uma das mais importantes intelectuais norte-americanas da segunda metade do século XX. Foi professora, ativista na defesa dos direitos das mulheres e do ser humano em geral, ficcionista e ensaísta constantemente galardoada e traduzida em grande escala. A sua escrita foi presença frequente em diversas publicações, como The New Yorker, The New York Review of Books, The New York Times e The Times Literary Supplement.