Isabel Guimarães tornou-se uma referência na Astrologia em Portugal. Além de fundadora e presidente da Associação Portuguesa de Astrologia, dirige a única escola de ensino astrológico certificada no país, com a missão de formar profissionais competentes e credibilizar a atividade.
Além de astróloga internacionalmente certificada, Isabel Guimarães trabalha como psicoterapeuta holística, formadora e escritora, tendo ainda formação em psicologia, neuropsicologia, psicoterapia, hipnoterapia e psicanálise. Apesar da sua natureza cética, foi nas estrelas, no céu, nos anjos e no Universo que encontrou alento e força para ressignificar o seu propósito. Ainda antes dos astros surgirem na sua vida, sempre foi viciada em encontrar explicações e, garante, “a astrologia é riquíssima para entendermos a causa de um determinado efeito”. Com uma história marcada pela solidão e rejeição familiar, perceber de onde vinha tanta resiliência moveu-a e foi na astrologia que encontrou sustento racional. “É uma mistura de ciência com interpretação; por trás da astrologia estão latitudes, longitudes, meridianos, cálculos, entre outros”, relata.
Aos 29 anos, após um aparatoso acidente de viação, Isabel foi dada como morta durante breves minutos. Contra todas as expectativas, conseguiram reanimá-la e, a partir daí, entrou “num mergulho”, “para entender o que tinha acontecido, o que vi, para onde fui, o que senti; se fui considerada morta, porque é que estava viva?”, relembra. Foi aí, quando viu alguém a ler-lhe símbolos a partir de uma carta astral, que percebeu que havia algo mais.
Contudo, apesar de a leitura do mapa astral orientar, Isabel rejeita que dê respostas. “É muito rico para ajudar a refletir sobre a vida, auxilia o indivíduo a perceber padrões cognitivos, comportamentais e emoções, (…) são os chamados arquétipos, as centenas de combinações que conseguimos fazer”, explica. Considerando que cada pessoa é produto de uma memória, o mapa, quando interpretado, acaba por ser uma ferramenta de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Dessa forma, a astróloga foi além e elaborou a “técnica da memória da gestação”, que consiste em “descobrir, através do mapa, o que o indivíduo passou durante o período de gestação e que padrões advêm daí”.
No início da carreira enquanto profissional de astrologia, contactou com “o que há de pior na profissão” e fez da sua missão “criar um grupo onde as pessoas pudessem ter acesso credível e facilitado a informação verídica”. Assim nasceu, em 2012, a Associação Portuguesa de Astrologia (ASPAS). Além de unir a classe, para credibilizar a atividade da astrologia em Portugal, o motor da ASPAS é reunir e partilhar conhecimento. Pioneira por vários motivos, é igualmente a única associação no mundo a aceitar sócios-estudantes, para que se sintam prontamente integrados na área e possam aprender a partir de fontes plausíveis.
Nesse sentido, a associação está, neste momento, a organizar o Quarto Congresso Internacional de Astrologia, a realizar- se de 9 a 12 de maio de 2025, em Vila Nova de Gaia. Será na histórica cidade das pontes que 24 astrólogos se irão reunir em torno do tema “Era da Mudança”, promovendo, em palestras e minicursos inéditos, a partilha de saberes e investigação para juntos fazerem a diferença.
A juntar ao serviço que presta ao setor da astrologia, a ASPAS também auxilia o público, atuando como elo entre o indivíduo e o astrólogo. “Todos os dias somos procurados, as pessoas pedem-nos que as guiemos até profissionais de qualidade”, confidencia Isabel. “Distinguir um astrólogo de um não astrólogo profissional é fulcral. Um astrólogo qualificado nunca dirá a alguém o que vai acontecer, não somos Deus; irá sim, sob consulta, ajudá-lo a encontrar a sua própria resposta e guiá-lo para tendências”, ressalva.
Focada na importância de uma estrutura de ensino sólida para promover a formação de profissionais de qualidade, no seu gabinete (Faces Isabel Guimarães) a astróloga, além de disponibilizar serviços como consultorias, terapias e workshops, também tem diversos cursos de formação profissional, sendo a única escola de ensino astrológico certificada nacionalmente pela DGERT e, internacionalmente, pela ISAR.
Com formadores devidamente certificados com o CCP (Certificado de Competências Pedagógicas, ex-CAP), terminado o curso, os alunos recebem um certificado profissional e ainda ficam registados na plataforma SIGO (Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa) como profissionais. “Foi uma luta, mas é aqui que marcamos a diferença”, evidencia, “uma vez que grande parte dos formadores não possuem um CCP e, portanto, terminado o curso, apenas emitem aos formandos um certificado de conhecimento”.
“Acredito na astrologia como uma profissão, daí ter transformado a minha escola num centro de formação profissional para preparar futuros astrólogos, fornecendo-lhes uma estrutura de conhecimento consolidado que lhes permita atender qualquer tipo de pessoa”. E assim, através da ASPAS e da Faces Isabel Guimarães, a astróloga continua a batalhar pela construção de uma via sólida para a astrologia em Portugal, inspirando futuras gerações a obter conhecimento com rigor.