O employer branding, ou marca empregadora, tornou-se uma estratégia essencial para diferenciar as organizações e torná-las mais atrativas no mercado de trabalho. Trata-se, basicamente, de projetar a melhor imagem possível de uma empresa, tanto para os seus atuais funcionários como para potenciais candidatos.
Como acontece com muitas das novas expressões que vamos ouvindo e utilizando, employer branding veio dar nome a estratégias que já existiam, mas que ainda não tinham sido formalmente estruturadas como conceito. Qualquer empresário sabe, instintivamente, que deve cultivar a melhor reputação possível — não só porque isso se traduz, a médio e longo prazo, em maior faturação e vendas, mas também porque é um fator determinante na atração de bons profissionais. Mas quais são então as tendências mais recentes nesta área?
Employee Advocacy
Este é um conceito que transforma os próprios funcionários em embaixadores da empresa, reforçando a sua identidade e credibilidade. Mais do que uma simples lealdade interna, trata-se de “vestir a camisola” publicamente. Estudos mostram que os profissionais confiam mais em testemunhos reais do que em campanhas publicitárias corporativas. Incentivar os colaboradores a partilhar as suas experiências nas redes sociais, especialmente em plataformas profissionais como o LinkedIn, contribui para a construção de uma imagem autêntica e atrativa da empresa.
Salários competitivos continuam a ser importantes, particularmente quando falamos de Portugal, onde temos das remunerações mais baixas da Europa. Mas fatores como flexibilidade horária, possibilidade de teletrabalho e programas de bem-estar físico e mental são cada vez mais valorizados pelos candidatos. Vários estudos, sobretudo os mais recentes pós-pandemia, revelam uma crescente preferência dos trabalhadores por empregadores que ofereçam opções híbridas de trabalho.
Oportunidades de formação e progressão de carreira são também decisivas na escolha de um empregador. De acordo com um dos relatórios anuais da LinkedIn Learning, o “Workplace Learning Report”, 94% dos colaboradores afirmavam que permaneceriam mais tempo numa empresa que investe no seu desenvolvimento profissional.
Diversidade
Empresas que promovem ambientes inclusivos e apostam na diversidade não só atraem talentos mais qualificados, como também melhoram a sua imagem corporativa. De acordo com o relatório “A diversidade importa cada vez mais: o valor do impacto holístico” da McKinsey, publicado em finais de 2023, as organizações com equipas mais diversificadas têm uma probabilidade maior (em cerca de 40%) de obter um bom desempenho financeiro. Muitos profissionais, sobretudo os mais jovens, tendem a valorizar empresas alinhadas com causas ambientais e sociais. Daí a importância de estratégias de comunicação (interna e externa) que destaquem iniciativas sustentáveis e de impacto social. De acordo com o relatório “2023 Millennial and Gen Z Survey” da Deloitte, 77% dos millennials consideram a responsabilidade social das empresas um fator decisivo na escolha do empregador. E se quase 70% dos millenials e da geração Z se mostram satisfeitos com as políticas de responsabilidade social das empresas onde trabalham, esse otimismo diminui para menos de 50% quando se referem ao mundo empresarial em geral.
