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“Queremos romper com o convencional e dar uma nova imagem à indústria, apostando numa visão mais atual, humana e exigente”

Fundada por Márcio Alves e José Ferreira, a Patamar propõe uma nova abordagem ao sector do mobiliário, assente na comunicação clara, na confiança e na sustentabilidade. Nesta entrevista, os dois sócios revelam a visão que os une, o cuidado que dedicam a cada projeto e o respeito que demonstram por todos os seus parceiros e clientes.

Antes de mais, enquanto fundadores desta empresa e para que possamos entender melhor a história da Patamar, poderiam contar-nos como surgiu este projeto e o que motivou a sua criação?

A Patamar nasce com um propósito muito claro: elevar o setor do mobiliário através de uma nova forma de “pensar e fazer”, com o intuito de provar que, neste setor, é possível fazê-lo com empenho. Após alguns anos de trabalho, sobretudo na gestão de projetos nesta área, sentimos a necessidade de criar uma empresa que combinasse simultaneamente profissionalismo, compromisso e a comunicação clara com os clientes e parceiros. Por esse motivo, decidimos criar a Patamar, para ser um parceiro confiável para aqueles que trabalham em Contract e Design de Interiores. Queremos tornar as coisas mais simples para os nossos clientes e garantir que tudo acontece como planeado. Com a nossa empresa, não há surpresas, há qualidade. Queremos romper com o convencional e dar uma nova imagem à indústria, apostando numa visão mais atual, humana e exigente.

A Patamar pode transformar visões em realidade. Considera que a concretização de ideias abstratas, em soluções tangíveis, representa o maior desafio do setor mobiliário? Ou existem outros aspetos que julga ainda mais complexos e exigentes?

Sem dúvida. Transformar uma ideia em algo concreto é um dos maiores desafios, principalmente quando falamos de peças personalizadas. Muitas vezes, o que está no papel parece simples, mas exige bastante técnica e atenção ao detalhe para ser bem executado. No entanto, para nós, o verdadeiro desafio está na gestão de todo o processo. Desde o primeiro contacto até à entrega final, é preciso garantir que todos estão na mesma página. A comunicação tem de ser clara e constante para que o resultado corresponda ao que foi idealizado. Hoje em dia, sentimos também o peso da concorrência do mercado asiático, sobretudo no fator “preço”. Sabemos que há opções mais baratas, mas quem nos escolhe valoriza outras coisas, a proximidade, a qualidade dos materiais, a flexibilidade na personalização, assim como a confiança num trabalho verdadeiramente bem feito. E é aí que focamos a nossa energia.

Recentemente, a Patamar esteve em Bruxelas, a colaborar em novas propostas que celebram o artesanato, o mobiliário personalizado e os “interiores requintados”. Acredita que a empresa tem vindo a alcançar uma crescente valorização no mercado internacional?

Sim, acreditamos que a valorização da Patamar no mercado internacional tem vindo a crescer e é exatamente aí que estamos focados. Desde o início, sempre tivemos a ambição de conquistar diferentes mercados internacionais. A experiência em Bruxelas foi um bom ponto de partida. Deu-nos visibilidade e mostrou que há interesse no que fazemos, mas o foco está no que vem a seguir. Estamos atentos a novas oportunidades, a projetos que façam sentido para nós e onde possamos realmente acrescentar valor. Sabemos que há muito por conquistar e é essa a nossa motivação todos os dias.

Através de um design exclusivo, oferecem soluções personalizadas para residências, hotéis e espaços comerciais. De que forma é que a empresa garante que os seus projetos seguem os princípios de responsabilidade social e ambiental, promovendo a sustentabilidade?

Acreditamos que a sustentabilidade deve ser encarada como algo presente. Não seguimos modas, nem usamos o tema como argumento comercial. O que fazemos é tomar decisões conscientes no dia a dia, que envolve não só escolher bem os materiais, trabalhar com fornecedores responsáveis, como organizar a produção, de forma eficiente. Sempre que possível, optamos por madeiras de origem controlada, materiais duradouros e soluções com o menor impacto ambiental. Evitamos o desperdício, aproveitamos ao máximo tudo o que é produzido e ajustamos cada projeto para evitar excessos. Do lado social, damos muito valor às pessoas com quem trabalhamos, acreditamos num ambiente de trabalho saudável, em relações justas e em tratar cada pessoa com respeito. Sempre que possível, trabalhamos com parceiros locais, o que nos permite reforçar a economia e construir relações de confiança.

A Patamar assegura que cada projeto residencial, de hotelaria ou comercial, reflete a mesma qualidade e atenção “minuciosa” aos detalhes, enquanto acolhe as necessidades específicas de cada espaço e cliente?

Esse é um dos pilares do nosso trabalho. Seja para uma casa, um hotel ou um espaço comercial, o cuidado e a atenção ao detalhe estão sempre presentes. Cada espaço tem as suas próprias exigências, seja pela funcionalidade, pelo estilo ou até pelos prazos e é por isso que adaptamos sempre as soluções à realidade de cada projeto. Não seguimos modelos perfeitos. O que garantimos é que tudo o que sai da Patamar mantém o mesmo nível de exigência, desde os materiais até à montagem final.

Vivemos numa era digital e tecnológica em constante evolução, pelo que a indústria mobiliária não permanece indiferente. Como são acompanhadas as tendências e inovações? Quais são os planos da Patamar para o futuro?

Hoje em dia, observamos uma evolução constante nas ferramentas, nas metodologias de trabalho e nos materiais utilizados. No nosso setor, essas mudanças sentem-se cada vez mais. Como é evidente, temos de as acompanhar, mas sempre com os “pés bem assentes na terra”. Vamos observando, testando, percebendo o que realmente faz sentido para nós. Não é por algo estar na moda que o vamos aplicar, tem de acrescentar valor à empresa e aos processos. Já utilizamos algumas ferramentas digitais, que nos ajudam muito. Todavia, o essencial continua a ser o mesmo: ouvir a vontade do cliente, perceber o que é preciso e fazer bem. Queremos crescer, ganhar espaço noutros mercados e trabalhar com pessoas que reconhecem o valor de um trabalho cuidado, feito à medida. Estamos a construir esse caminho devagar, sem pressas, mas com muita vontade de o fazer bem.

O acompanhamento do cliente é realizado desde a consulta inicial de design até à entrega final? Existem outros serviços adicionais que a empresa apresenta para garantir a satisfação total do cliente?

Acompanhamos o cliente do início ao fim. Faz parte da forma como trabalhamos. Perceber as necessidades do cliente e que tipo de soluções procura. A partir daí, vamos desenhando e pensando em conjunto, passo a passo, sempre com espaço para dúvidas, sugestões ou ajustes. Durante a produção também mantemos esse acompanhamento. Vamos dando feedback e sempre que existe essa oportunidade, o cliente vem ver como está a decorrer a produção, para quando chegarmos ao fim, ir ao encontro das suas expectativas. Depois, claro, tratamos da entrega e da montagem. Se for preciso rever algum detalhe mais à frente, também estamos disponíveis. Não desaparecemos quando o projeto fica pronto, gostamos que o cliente sinta que pode contar connosco mesmo depois.

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