O conjunto de paisagens verdes que formam todo o território atribuíram-lhe o nome: Vila Verde! Mas não é só de patrimônio natural que a vila é feita, e muito pode ser conhecido atravessando o Caminho em direção a Santiago de Compostela.
O município de Vila Verde, nos últimos anos, tem apostado na valorização e promoção do seu território, através da operacionalização de um ambicioso Plano Municipal de Trilhos. Entre eles, destaca-se, a norte do concelho, a promoção da prática de montanhismo, potenciada pelo património natural, religioso e turístico, com percursos pedonais, BTT e equestres. A sul, com a Ecovia Cávado-Homem que visa a promoção e o desenvolvimento das elevadas potencialidades naturais e turísticas das zonas ribeirinhas dos rios Cávado e Homem.
Deste modo, a recuperação deste antigo Caminho Minhoto Ribeiro vem ao encontro desta aposta turística e cultural. Concentrado entre o rio Homem, a sul, e o rio Vade, a norte, e pontuado por diversos ribeiros, este Caminho proporciona ao longo dos seus 22 km um percurso marcado pelo som e frescura das suas águas, pela beleza e antiguidade das suas pontes, datadas, pelo menos, desde a Idade Média, até aos finais do séc. XIX. Realça-se a Ponte de Agrela e Pequena, em Covas, a Ponte de Pego, em Valões e a Ponte do Bico, em Soutelo. Não falta neste caminho um conjunto significativo de fontes, de igrejas, com destaque para a de Sabariz, com o padroeiro S. Tiago, de capelas de Santo Amaro, de S. Bento e de N.ª Sr.ª da Salvação (uma pérola do barroco), entre outras. Há ainda alminhas nas encruzilhadas que apelam à oração, de cruzeiros e de espigueiros com as suas portas decoradas com elementos religiosos, que nos remetem para as crenças dos seus lavradores. Este Caminho leva-nos também pelo meio de pequenos bosques de carvalhos e de sobreiros centenários. Locais que merecem que o peregrino/caminheiro faça uma pausa e descanse ao som da folhagem e das aves e inspire o ar puro cheio de aromas naturais.
A marcação do Caminho Minhoto Ribeiro permitiu ao município de Vila Verde valorizar troços do Caminho que há muitos anos se encontravam, praticamente desaparecidos, e por isso, é também uma (re)descoberta fascinante, quer pela beleza natural e histórica que eles encerram, quer pelas marcas físicas deixadas pelos nossos antepassados, nomeadamente pelas rilheiras marcadas pelos rodados dos carros de bois.
A colocação de sinalética ao longo de todo o caminho permite que o peregrino não se perca, e ao mesmo tempo, possibilita que a população local usufrua de mais um percurso cheio de história, de lendas e de memórias, para as suas caminhadas diárias ou de fim-de-semana.
Ao atravessar o território vilaverdense o peregrino vai poder recuperar forças nos espaços de restauração com gastronomia típica, acompanhada pelo aromático vinho verde produzido localmente e pernoitar em alojamento de igual excelência!
Vila Verde… mil e um encantos para descobrir!