Estando no mercado há 20 anos, a Portipesca qualifica-se pela experiência dos seus trabalhadores, pela qualidade do pescado que vende e também pelo serviço de excelência que fornece aos seus clientes.
A Portipesca foi fundada em 2000 pelos sócios-gerentes António Santos e João Duarte, que começaram por ter um armazém na Docapesca de Portimão e desde então a empresa não parou de crescer. Agora, situada no concelho de Lagoa, compram pescado em todas as lotas nacionais, nos mercados de Espanha, Mauritânia e também no Senegal. Com o crescimento da empresa, foram adquirindo e fundado novas empresas, o que resultou na formação do grupo Portipesca. O grupo conta também com a Portigralha que possui três embarcações de cerco, a Coastfishing, com um barco de pesca de arrasto, a Arrifanamar, que tem em sua posse uma embarcação de cerco, e claro, a Portipesca. O grupo já tem mais de 100 colaboradores e no que toca ao controlo de qualidade, está implementada a norma ISO 22000 (Sistema de Gestão da Segurança Alimentar), para assegurar o controlo e qualidade do produto.
Segundo Inês Ponceano, Assessora de Administração, a entidade trata de todo o processo do peixe, “para além de toda a parte da pesca e de produção, condicionamento e embalamento, também fazemos a parte do transporte. Somos nós que levamos o pescado aos clientes, quer retalhistas, quer grandes superfícies comerciais”. Com cerca de 16 viaturas próprias, considerada já uma grande capacidade de fornecimento, a empresa ainda tem necessidade de contratar empresas de transporte para conseguirem levar todo o produto aos respetivos clientes.
A Portipesca comercializa todo o tipo de peixe fresco e têm vindo a aumentar a capacidade de produção ao longo dos anos, quase com um registo artesanal. No verão, o principal produto é, naturalmente, a sardinha e a produção chega até vinte toneladas por dia.
Com uma forte dinâmica no mercado, a Portipesca vende os seus produtos a nível nacional, mas também exporta. Em Portugal tem como principal canal de vendas os mais variados hipermercados portugueses, onde se destaca o grupo Jerónimo Martins. A nível internacional, o principal mercado é o espanhol, particularmente rentável durante o verão, especialmente devido à sardinha.
Expandir a gama de produtos para além do peixe fresco não está nos planos da empresa: o peixe é um produto facilmente deteriorável e por isso não é possível incluir novos produtos, o mais importante é preservar a qualidade do pescado.
Esta é uma área que requer muito empenho e dedicação, especialmente para o gerente, António Santos: “É um trabalho de muitos anos, a empresa faz vinte anos mas eu já faço isto há mais de trinta (…) neste negócio ou ganha-se ou perde-se muito”. Uma das principais características da Portipesca, fator diferencial em relação às outras empresas no mercado, é a experiência que está por trás dos empresários, “é preciso conhecer e perceber muito bem de peixe, é algo que exige muito trabalho”, acrescenta António Santos. Na lota, o peixe é vendido em leilão eletrónico e o comprador tem de estar a par dos preços de norte a sul, segundo o empresário, é idêntico à bolsa de valores e é algo que exige persistência e dedicação.
Nos últimos anos, a empresa tem feito diversos investimentos milionários. Um deles foi o barco de pesca de arrasto, adquirido em 2018, é o maior em Portugal e tem 34 metros de comprimento. Sem descurar o trabalho dos colaboradores. Para tornar o processo mais rápido, recentemente, a empresa adquiriu uma máquina para trabalhar apenas a sardinha, o carapau e a cavala, que produz seiscentas caixas à hora, uma aquisição inovadora. Nas instalações, podemos encontrar duas máquinas revolucionárias que produzem 24 toneladas de gelo por dia, algo que ainda não é comum em Portugal.
Como reconhecimento e confirmação da qualidade de gestão da empresa, a Portipesca tem adquirindo ao longo dos anos o prémio de PME Excelência e o futuro passa por continuar a trabalhar para receber este reconhecimento.
O principal foco será manter a qualidade do produto e do serviço, comprando pescado de categoria mais alta, e conseguir que a empresa continue o seu crescimento, mesmo com os obstáculos impostos pela pandemia, “continuar, pelo menos, como temos sido até agora”, concluiu Inês Ponceano.