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Desafios da Planície: “Divulgamos aquilo que o nosso concelho tem de melhor”

“Desafios da Planície” é uma empresa de consultoria e mediação imobiliária, com sede em Vila Nova de Santo André, no litoral alentejano. De portas abertas há já quase três anos, os valores da empresa primam pela responsabilidade, confiança e ética.

Sara Pinela é a empreendedora que dá a cara pela empresa, licenciada em tradução de inglês/alemão, trabalhou numa multinacional italiana na área da construção civil, como responsável administrativa e financeira, até 2013. Foi o pai, Artur Ceia, que em 2019 lhe propôs abrir uma imobiliária “eu tinha a rede de contactos criada durante tantos anos a viver fora, para além dos conhecimentos linguísticos e somos pessoas que gostam muito de interagir com o outro, somos muito comunicativos, o que é fundamental nesta área”, admitiu Sara. Em 2019 nascia a Desafios da Planície, uma imobiliária que continua o seu crescimento.

O ano de 2020 foi de prosperação, com uma faturação superior em relação a 2019, com o enfoque nas quintas e em zonas mais rurais. “Sentimos que houve uma debandada quase geral que permitiu às pessoas respirar e procurarem um espaço onde pudessem praticar o teletrabalho”.

A equipa é atualmente composta por três pessoas, Sara Pinela, que desempenha as funções de gerente e de consultora, Maria Gomes Almeida, consultora imobiliária e uma terceira pessoa que trabalha no projeto de design de interiores. O essencial para trabalhar na Desafios da Planície é ter capacidade e vontade de aprender “nós temos uma forma de trabalhar muito nossa, e o que queremos é que as pessoas que colaboram connosco trabalhem à nossa medida e à nossa imagem”.

A consultoria imobiliária e o design de interiores são os principais serviços que a Desafios na Planície oferece. Como acréscimo presta ainda dois tipos de serviços através de parcerias, a intermediação de crédito bancário, através de parcerias com MaxFinance, e a gestão do alojamento local, através da empresa local Oh My Guest.

O trabalho é fundamentalmente realizado na zona do litoral do Alentejo nos concelhos de Santiago do Cacém, Grândola e Sines, com um enfoque especial em Santiago de Cacém. “Sendo nós uma imobiliária aqui da zona, independentemente do retorno financeiro que uma zona possa dar, acho que o nosso papel é divulgar aquilo que o nosso concelho tem de melhor” explicou.

A empresa trabalha tanto com o meio urbano como com o meio rural, embora haja uma preferência da parte de Sara pelo meio rural. “Nós também trabalhamos o urbano temos apartamentos e casas, mas os montes e as quintas dão-nos um gosto especial, porque às vezes são imóveis e propriedades enormes com vários hectares, e nós fazemos questão de percorrer e conhecer todos os limites da propriedade”.

O investimento é também estrangeiro, mas não passa por apartamentos nem por moradias, passa praticamente pelas quintas em locais mais rurais. O cliente português procura nesta região, sobretudo a segunda habitação, mas com o aumento do teletrabalho, cada vez mais procuram mudar permanentemente de habitação, deslocando-se dos grandes centros urbanos para a zona do litoral alentejano.

Para Sara Pinela, o segredo para ter sucesso na área do imobiliário é trabalhar de forma calma, ter capacidade e vontade de aprender e sobretudo saber ser paciente para esperar até à fase da escritura. A aposta na área do design de interiores surgiu para colmatar uma necessidade que tem sido cada vez maior, a procura pela remodelação do interior das habitações. No entanto, o design de interiores é também uma mais-valia para quem procura vender, mas “às vezes não é fácil explicar às pessoas que se investirem um bocadinho no design de interiores, podem duplicar esse investimento na venda final do imóvel”, revelou.

Sara, mulher, mãe e empreendedora, confessa que não é fácil conciliar todos os papéis, e que geralmente as mulheres têm de lutar mais do que os homens, e deixou um conselho a quem como ela tem vontade de arriscar: “Se têm vontade de arriscar que o façam, mas façam um estudo de mercado, antes de tomarem uma decisão final. O risco deve ser calculado. Estudem a oportunidade antes de avançarem”, aconselha a empreendedora.