Às portas de 2022 podemos dizer que este será um ano decisivo e determinante para a próxima década. Fazemos aqui uma resenha do que esperar nestes próximos meses, a começar pela política e pela economia, mas sem esquecer alguns regressos muito aguardados lá mais para o verão.
Despedimo-nos de 2021 com a certeza de mudanças a nível internacional. A Europa a começa o novo ano sem Angela Merkel como chanceler da Alemanha e líder protagonista da União Europeia (UE), símbolo do comando no bloco continental por dezasseis anos. Espera-se que este seja também o ano da juventude com a Comissão Europeia a apoiar aquela que aponta como “a geração mais sacrificada pela pandemia” da covid-19.
O ano que se aproxima vai também ficar marcado pelo aumento generalizado de preços um pouco por todo o mundo. Em Portugal já sabemos que a eletricidade vai aumentar para quem está no mercado regulado, mas também para os clientes que já passaram para o liberalizado. As portagens e os transportes também registam acréscimos, mas a inflação não se ficará por aqui e tudo leva a crer que atingirá também os alimentos.
No que toca a acontecimentos a nível nacional o ano começa com as eleições legislativas no dia 30 de janeiro. A não aprovação do Orçamento de Estado precipitou a queda do Governo e também lutas internas nos partidos da oposição. Um ano e nove meses antes do previsto estas eleições, que se esperam mais disputadas do que meses atrás se poderia prever, vão marcar todo o ano de 2022 e determinar os que vêm a seguir.
Este ano traz também o regresso dos grandes festivais de música de verão (pelo menos assim esperamos). Se tudo correr como era habitual antes da pandemia, para abrir, logo no segundo fim de semana de junho, temos o NOS Primavera Sound, no Porto. O nome lembra-nos que o verão ainda não começou e só chegará já com o Rock in Rio a decorrer, em Lisboa. De 6 a 9 de julho é a vez de Algés receber o Nos Alive. Na semana seguinte, há dois festivais – o Super Bock Super Rock no Meco e o Marés Vivas em Vila Nova de Gaia. Seguem-se o Músicas no Mundo, em Sines, e o Boom Festival em Idanha-a-Nova. Finalmente o mais setentrional dos grandes festivais portugueses – o Vodafone Paredes de Coura – está marcado para agosto, mesmo a fechar o verão.
A pandemia arrasou os grandes eventos de música, mas promotores e associações mostram-se otimistas para o regresso ainda que com o cumprimento de algumas regras.
Outro dos regressos será a 6.ª edição da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit que decorre de 12 a 15 de outubro no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor em Portalegre. Também a edição de 2022 da Web Summit é um dos eventos mais esperados. Depois de em 2020 ter sido feita a primeira edição presencial da feira tecnológica. A leitura positiva do impacto do evento foi notada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que desejou que já em 2022 o evento mais do que duplique o número de visitantes.