No mercado há três décadas, a Sulscala desenvolve a sua atividade na área de consultadoria agrícola e fornecimento de fatores de produção para a agricultura e manutenção de espaços verdes e campos de golfe. A IN Corporate esteve à conversa com Joaquim Lopes, CEO da empresa.
De portas abertas desde 1992, a empresa de Silves, encabeçada por Joaquim Lopes, iniciou-se com a atividade de consultadoria, muito direcionada na nutrição vegetal. Hoje continuam focados na nutrição e na proteção das culturas, com uma preocupação crescente em soluções biotecnológicas de resíduo zero: “temos algumas experiências interessantes nessa área, a nível dos citrinos e dos abacates.” Paralelamente é também fundamental criar condições focadas na nutrição da planta, usando ferramentas e tecnologias adequadas, com vista a obtenção de maior eficiência dos fertilizantes e da rega aplicados às culturas. Por um lado o uso sistemático de matéria orgânica líquida e também de microrganismos que fixam o azoto atmosférico, que solubilizam o fósforo e mobilizam o potássio, permitindo reduzir o uso de fertilizantes entre 15 a 20%; por outro lado o uso nas plantações, quer de citrinos, quer de abacates ou outras culturas, quaisquer que elas sejam, de um mineral natural designado Zeólita que tem um grande valor agronómico, por ser um melhorador da fertilidade dos solos e proporcionar uma grande capacidade de retenção da água e dos nutrientes, os quais fornece à planta em momentos de stress” e sempre e quando a planta deles necessita. Estas são algumas das soluções chamadas “fora da caixa” que defendemos, por serem amigas do ambiente e permitirem poupança de recursos, fundamental neste período de escassez de água e fertilizantes, além do aumento exponencial do preço destes últimos.
O leque de produtos ligados às soluções biotecnológicas é variado. “Nós prestamos assistência dentro de um largo espectro e temos provas que a relação custo-benefício é positiva.” A premissa da Sulscala é estar do lado da prevenção. “No campo das doenças é muito importante atuar preventivamente para evitar o desenvolvimento dos fungos”, quer se trate por exemplo do míldio ou da antracnose dos citrinos (mancha castanha) ou das doenças radiculares ou da morte regressiva de ramos em abacates.
Com uma equipa formada por quatro engenheiros agrónomos permanentemente no terreno e em contacto com os clientes, a Sulscala garante que estas soluções são promissoras: “temos um corpo técnico que acompanha os produtores e temos resultados muito animadores com este tipo de soluções, que, usadas de forma racional, acabam por reduzir as quantidades de fertilizantes.” Hoje, há uma crescente preocupação com o meio ambiente: “a sensibilidade dos operadores que estão no mercado é cada vez maior. A distribuição moderna está já muito focada em fazer controlo de resíduos.” E a evolução da Sulscala tem sido nesse sentido. “Não é a única solução, mas há que usar estas ferramentas para seguir o caminho da sustentabilidade”.
Continuar a crescer e ingressar no mercado dos frutos vermelhos, seguindo sempre a política da sustentabilidade, são os desígnios da Sulscala. “Continuaremos focados nas soluções de sustentabilidade para reduzir o impacto dos fitofarmacêuticos que ainda vão permanecendo no mercado.” Joaquim Lopes deixa-nos uma garantia essencial: “os nossos produtores e clientes podem confiar nestas soluções. Temos provas que funcionam e quem tem utilizado tem resultados positivos”.