A observação de aves é uma atividade que está em voga e pode ser considerada turística. Estivemos à conversa com o diretor executivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), Domingos Leitão, que evidenciou que o “Birdwatching está em clara expansão em Portugal”.
O Birdwatching consiste, como já referimos, na observação de aves silvestres no meio natural através de percursos pedestres. É praticado ao ar livre, por grupos pequenos, no máximo de 20 pessoas, com a ajuda de binóculos e outros equipamentos óticos. A observação de aves nunca poderá ser um hobby de massas e multidões, tendo em conta que os participantes deslocam-se discretamente no território.
Como o Birdwatching pratica-se num ambiente calmo e silencioso é extremamente benéfico para o reequilíbrio mental e libertação do stress e da ansiedade, uma vez que a este passatempo está inerente a atividade física moderada.
Segundo o diretor, “sendo o Birdwatching uma atividade turística baseada em percursos de observação de fauna, a partir do momento que atrai visitantes para um determinado território ou região, cabe dentro do “chapéu” do Ecoturismo”.
Nos dias de hoje, o Birdwatching está a atingir popularidade mas, há 20 anos, era uma atividade quase desconhecida: “Atualmente é comum encontrarmos pessoas a observar aves, em particular, em áreas naturais próximas dos grandes centros urbanos e junto à costa”, evidencia Domingos Leitão.
“Portugal é um hotspot muito interessante para um observador de aves.”
Em Portugal Continental e nas ilhas existem mais de 300 espécies de aves, mas é nas reservas naturais e nos sítios da Rede Natura 2000 – rede ecológica para o espaço comunitário da União Europeia – que é mais interessante observar as aves. Nas áreas protegidas podemos assistir a uma maior variedade de espécies de aves e também espécies ameaçadas, mais raras e difíceis de observar. Quem pratica Birdwatching deve evitar florestas intensas e áreas artificiais, como as zonas industriais e de agricultura. Por outro lado, deve optar por áreas mais naturais, como os estuários, rias e lagoas junto à costa.
AVES RARAS ATRAEM TURISTAS A PORTUGAL PARA BIRDWATCHING
Portugal é um dos destinos europeus mais interessantes para a observação de aves. O diretor executivo da SPEA salienta que “Portugal tem uma grande diversidade de habitats e espécies que são endémicas dos nossos arquipélagos atlânticos, ou seja, não podem ser observadas em mais lado nenhum do mundo”.
Existem aves que só podem ser observadas em determinadas áreas geográficas. Domingos Leitão, confidenciou-nos que “o pombo-da-madeira, a freira-da-madeira, a freira-do-bugio e o bisbis só podem ser observados na Madeira, já o painho-de-monteiro e o priolo só podem ser vistos nos Açores”.
Devido à riqueza natural do nosso país, podemos ter o privilégio de observar aves marinhas comuns em territórios portugueses, mas raras no resto do mundo, como a cagarra, a alma-negra ou garajau-rosado. A águia-imperial-ibérica, a águia-perdigueira, o abutre-preto, o grifo ou o britango são algumas das aves de rapina de grande porte, raras no mundo, mas comuns no território português.
De acordo com Domingos Leitão, em todos os países há observadores de aves, mas é nos países anglo-saxónicos e nórdicos que existe uma maior predominância desta atividade. Já os EUA, o Canadá e o Reino Unido são exemplos de países com milhões de observadores de aves.
“O clima ameno, os diversos tipos de paisagem, os habitats possíveis de visitar em curtos períodos de tempo, a gastronomia, a cultura e a simpatia das pessoas são razões suficientes para tornar Portugal num hotspot muito interessante para um observador de aves”, conclui o diretor executivo da SPEA.
Portugal é um dos destinos europeus mais interessantes para a observação de aves. O diretor executivo da SPEA salienta que “Portugal tem uma grande diversidade de habitats e espécies que são endémicas dos nossos arquipélagos atlânticos, ou seja, não podem ser observadas em mais lado nenhum do mundo”.
Existem aves que só podem ser observadas em determinadas áreas geográficas. Domingos Leitão, confidenciou-nos que “o pombo-da-madeira, a freira-da-madeira, a freira-do-bugio e o bisbis só podem ser observados na Madeira, já o painho-de-monteiro e o priolo só podem ser vistos nos Açores”.
Devido à riqueza natural do nosso país, podemos ter o privilégio de observar aves marinhas comuns em territórios portugueses, mas raras no resto do mundo, como a cagarra, a alma-negra ou garajau-rosado. A águia-imperial-ibérica, a águia-perdigueira, o abutre-preto, o grifo ou o britango são algumas das aves de rapina de grande porte, raras no mundo, mas comuns no território português.
De acordo com Domingos Leitão, em todos os países há observadores de aves, mas é nos países anglo-saxónicos e nórdicos que existe uma maior predominância desta atividade. Já os EUA, o Canadá e o Reino Unido são exemplos de países com milhões de observadores de aves.
“O clima ameno, os diversos tipos de paisagem, os habitats possíveis de visitar em curtos períodos de tempo, a gastronomia, a cultura e a simpatia das pessoas são razões suficientes para tornar Portugal num hotspot muito interessante para um observador de aves”, conclui o diretor executivo da SPEA.